O cantor de funk MC Paiva, de 22 anos, está no centro de mais uma investigação. Além de ser suspeito de pagar propina para evitar que policiais civis investigassem rifas promovidas na internet, o artista também é acusado de ligação com um esquema de agiotagem supostamente vinculado ao PCC (Primeiro Comando da Capital). As informações fazem parte de uma denúncia apresentada em junho deste ano pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), órgão do Ministério Público de São Paulo.
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Segundo a denúncia, o empresário de MC Paiva, Sedemir Pelicari Fagundes, conhecido como Alemão, está entre os sete suspeitos apontados como integrantes de uma associação criminosa. As investigações revelam que o grupo operava um esquema de empréstimos com juros abusivos, superiores ao permitido por lei, gerenciado por um núcleo de agiotagem ligado ao PCC.
As informações foram divulgadas com exclusividade pelo Metrópoles.
Interceptações telefônicas revelam dívida do cantor
O nome de MC Paiva, registrado como Davi José Xavier Paiva, surgiu em interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça, nas quais membros do esquema discutem a situação financeira do cantor. Em uma das conversas, Alemão dialoga com Marco Antônio Pereira de Souza Bento, conhecido como Paçoca, integrante da Sintonia dos Gravatas, célula do PCC composta por advogados. Na ligação, eles comentam sobre uma dívida do funkeiro.
“Vou dar meu nome aqui para rever um dinheiro no tigrinho lá [plataforma de apostas online], tá ligado, tanto pra minha filha, quanto para o Davi [funkeiro],” diz Alemão em uma das gravações.
Em outra interceptação, Alemão conversa com um homem identificado apenas como Jorge, que reclama não ter recebido o pagamento de MC Paiva.
Investigações em andamento
As investigações, que fazem parte de um esforço mais amplo para desarticular núcleos ligados ao PCC, ainda estão em andamento. Além de MC Paiva e seu empresário, outros integrantes do grupo são investigados por práticas de agiotagem e associação criminosa.
A defesa do cantor ainda não se manifestou sobre as acusações, e o caso segue em sigilo judicial.