Segundo a Polícia Federal (PF), o dia 15 de dezembro de 2022 foi marcado como a data planejada para a execução de um atentado contra o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e seu vice, Geraldo Alckmin. Enquanto Lula participava, em São Paulo, de um evento com catadores de materiais recicláveis, Alckmin estava em Brasília reunido com governadores em um hotel.
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O plano faz parte de uma série de ações atribuídas a um grupo que, em dezembro daquele ano, estava acampado em frente ao Quartel General do Exército em Brasília, pedindo apoio militar para um golpe de Estado e o impedimento da posse de Lula. Em 12 de dezembro, integrantes desse grupo realizaram atentados em diferentes pontos da capital federal. Dias depois, em 24 de dezembro, membros da mesma organização instalaram uma bomba em um caminhão de combustível próximo ao aeroporto de Brasília.
As investigações iniciais já apontavam ligação entre esses eventos, e a Operação Contragolpe, deflagrada hoje, busca esclarecer se os planos para assassinar Lula e Alckmin estavam conectados a esses ataques.
A PF revelou que o grupo detalhou o planejamento operacional do atentado, envolvendo armamentos de alto poder destrutivo, explosivos e até a possibilidade de envenenamento.
No dia 15 de dezembro, Lula estava em São Paulo participando da 9ª Expocatadores, evento com catadores de materiais recicláveis realizado no Armazém do Campo. A ocasião contou com representantes internacionais, lideranças do cooperativismo solidário e cerca de mil catadores do Brasil e de países como Chile, Argentina, Colômbia e Panamá.
Alckmin, por sua vez, estava em Brasília no evento Pacto pela Aprendizagem, realizado no B Hotel. A iniciativa, promovida pelo movimento Todos pela Educação e pela Unesco, reuniu governadores e representantes do setor educacional.