24 de novembro de 2024
TRAMA GOLPISTA

Militares tramaram golpe em app e planejavam envenenar Lula

Por Demétrio Vecchioli | da Folhapress
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução/@ricardostuckert
O plano golpista, de acordo com a PF, envolvia o envenenamento do então presidente eleito Lula (PT).

Em decisão que autoriza operação da Polícia Federal deflagrada nesta terça-feira (19), o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Superior Tribunal Federal), cita que que os militares suspeitos haviam se reunido em um grupo no aplicativo Signal, denominado Copa 2022.

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Cada um deles utilizou um codinome associado a seleções para não revelarem suas identidade: Alemanha, Áustria, Brasil, Argentina, Japão e Gana.

O plano golpista, de acordo com a PF, envolvia o envenenamento do então presidente eleito Lula (PT).

"Para execução do presidente Lula, o documento descreve, considerando sua vulnerabilidade de saúde e ida frequente a hospitais, a possibilidade de utilização de envenenamento ou uso de químicos para causar um colapso orgânico."

A PF cumpre mandados de busca e apreensão e de prisão na manhã desta terça (19) contra suspeitos de integrarem uma organização criminosa que, segundo as investigações, planejou um golpe de Estado em 2022 para impedir a posse de Lula.

O petista derrotou o então presidente Jair Bolsonaro (PL) em uma acirrada disputa de 2º turno. Durante seu mandato, o hoje inelegível Bolsonaro acumulou declarações golpistas e hoje é alvo de investigação da PF sobre o seu papel na trama que tentou impedir a posse de Lula.

Sobre a operação desta terça-feira, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes (STF), a PF afirmou que, entre as ações que seriam desenvolvidas para evitar a posse de Lula, estava o plano "Punhal Verde e Amarelo", que seria o assassinato do petista e de seu vice, Geraldo Alckmin (PSB).

Outro alvo, sempre de acordo com as apurações da PF, seria Moraes, que seria preso e morto em seguida.

Ao menos quatro militares, sendo um general da reserva, são alvos das medidas cumpridas em três estados (RJ, GO, AM) e no Distrito Federal. Todas as prisões já foram cumpridas.

São eles o general da reserva Mario Fernandes e os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo. O policial federal Wladimir Matos Soares também está entre os alvos dos mandados -esse também já preso.