Para onde vão os votos no segundo turno dos eleitores que optaram, no primeiro turno, em Franca, por Guilherme Cortez (Psol), Mariana Negri (PT), Dr. Ubiali (PSB), Alexandre Tabah (Novo), Jonas Carvalho (Mobiliza), Tito Flávio (PCB) e João Scarpanti (PCO)? Dos votos que Alexandre Ferreira conquistou, quantos ele reteve? E os eleitores de João Rocha, como pretendem votar no segundo turno?
A pesquisa GCN/Sampi/Ágili perguntou aos entrevistados na pesquisa realizada entre os dias 18 e 22 de outubro, além da sua intenção de voto no próximo domingo, também em quem votaram no primeiro turno. O cruzamento dos dados traz algumas confirmações esperadas, mas também revelações surpreendentes.
Obviamente, esperava-se que a absoluta maioria dos eleitores de Alexandre Ferreira (MDB) e de João Rocha (PL) mantivessem sua opção de voto no segundo turno. Os números confirmam. Do grupo que votou em Alexandre Ferreira (MDB), 91,2% declaram que ele continua a ser seu candidato. Apenas 6% de seus eleitores mudaram de opinião e pretendem agora votar em João Rocha. Há ainda 1,6% que devem anular e 1,2% que não se decidiram.
Entre os eleitores de João Rocha (PL), 88,6% dos que digitaram seu número no primeiro turno pretendem fazer a mesma coisa agora. Cerca de 8,6% de seus eleitores mudaram de opinião e agora tem intenção de votar em Alexandre Ferreira. Cerca de 1,3% dos eleitores de João no primeiro turno devem anular seu voto. Outra parcela igual, de 1,3%, ainda não decidiu como votar.
Também esperado, boa parte dos eleitores de Guilherme Cortez (Psol), o terceiro colocado no primeiro turno, deve migrar para Alexandre Ferreira. No grupo que votou no candidato do Psol, 48,1% dizem que devem votar em Alexandre Ferreira. Cerca de 25,9% pretendem anular seu voto, enquanto 18,5% vão de João Rocha. 7,4% dos eleitores que queriam ver Guilherme Cortez eleito prefeito ainda não decidiram o que fazer no segundo turno.
As surpresas surgem no grupo de eleitores que disseram ter votado em Dr. Ubiali (PSB), Mariana Negri (PT) ou Alexandre Tabah (Novo).
Entre os candidatos derrotados no primeiro turno, Dr. Ubiali (PSB) foi o único que se manifestou oficialmente, anunciou apoio ao prefeito Alexandre Ferreira e pediu votos ao antigo adversário. O efeito, no entanto, parece ter sido o oposto. Do grupo dos eleitores do médico, 70% dizem agora votar em João Rocha, enquanto apenas 20% pretendem seguir seu posicionamento e digitar o número de Alexandre no domingo.
Há ainda 10% dos eleitores de Ubiali que não sabem o que vão fazer. Uma explicação possível está na chapa de Ubiali. Seu candidato a vice era Gilson de Souza Jr (Avante), que trouxe junto o grupo de seu pai, o ex-deputado e ex-prefeito Gilson de Souza. Grande parte dos apoiadores de Gilson e Gilsinho (como o filho é chamado) estão em campanha declarada por João Rocha, com participação ativa em grupos de WhatsApp e redes sociais.
Os votos depositados na petista Mariana Negri (PT) no primeiro turno estão indo agora para João Rocha (35,3%) ou serão anulados (35,3%). Apenas 17,6% dos eleitores da única mulher na disputa vão votar em Alexandre Ferreira. Cerca de 11,8% ainda não sabem o que fazer.
Alexandre Tabah (Novo) é ideologicamente muito mais próximo do candidato João Rocha do que do prefeito Alexandre Ferreira. Mas para seus eleitores, isso parece ter pesado pouco, já que 75% pretendem votar em Alexandre, enquanto apenas 25% vão para João.
Os votos de João Scarpanti (PCO) devem seguir para Alexandre Ferreira (50%) ou serão anulados (25%). Nenhum, para João Rocha. Cerca de 25% dos seus eleitores ainda não se decidiram.
Não apareceram entre os entrevistados eleitores que disseram ter votado em Tito Flávio (PCB) ou Jonas Carvalho (Mobiliza).
O Instituto Ágili entrevistou 600 eleitores de Franca entre os dias 18 e 22 de outubro. O intervalo de confiança é de 95% e a margem de erro máxima é de 4%, para mais ou para menos. Contratada e custeada pelo portal GCN, a pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número SP-02353/2024.