17 de outubro de 2024
DRAMA

Homem descobre câncer, amputa a perna e faz vaquinha por prótese

Por Lucas Faleiros | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Arquivo pessoal
Richardson teve o restante do fêmur esquerdo amputado depois de uma infecção

Um morador da região vive um drama há mais de uma década. Em 2013, depois de sofrer um acidente enquanto trabalhava realizando serviços gerais em um supermercado de Franca, Richardson Queiroz machucou a perna esquerda e foi submetido a exames.

Surpreendentemente, o que parecia ser apenas uma simples lesão causada por uma queda se tornou um desespero que perdura há 11 anos. Em meio aos atendimentos médicos, Richardson descobriu, além de uma fratura, um tumor de células gigantes no fêmur esquerdo. Desde então, ele, hoje com 42 anos, passou por mais de dez cirurgias e amputações.

Em meio ao tratamento, realizou processos de enxerto, cimentação óssea e vascularização e precisou lidar com recidivas da doença, que resultara em retiradas de partes de sua perna. A primeira amputação aconteceu em 2019, quando o ex-funcionário de supermercado precisou usar uma prótese abaixo do joelho. A solução funcionou até 2024, quando uma nova recidiva aconteceu.

“A prótese quebrou e chegou a ser reformada. Fui bem com ela até um certo período, mas, por fim, deu infecção, e o problema das células gigantes voltou”, contou.

Atualmente morador de Patrocínio Paulista, Richardson precisou retirar o restante do fêmur. O procedimento cirúrgico foi realizado há pouco mais de um mês e foi um sucesso, mas, agora, o homem precisa adquirir uma nova prótese. “Com ela, eu poderei andar, fazer minhas atividades e, quem sabe, voltar a trabalhar”.

O problema é que o equipamento custa caro: cerca de R$ 50 mil. Como a obtenção pelo Estado pode demorar muito tempo, a solução encontrada pela família de Richardson foi abrir uma vaquinha online. Atualmente, ele conseguiu arrecadar pouco menos de R$ 4,5 mil, mas espera conquistar o restante do valor em breve. “Se Deus quiser, vai dar certo”.

Relação com Franca

Richardson nasceu em São Tomás de Aquino, em Minas Gerais, mas ficou pouco tempo por lá. “Eu fui para Franca depois de três meses. Hoje, posso dizer que sou mais francano, mesmo”, diz, aos risos. Ele morou por cerca de 30 anos em Franca. Depois de se casar, mudou-se para Patrocínio Paulista com a mulher.