A cidade de Claraval (MG), a 14 km de Franca, recebeu a visita do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), neste sábado, 12, para participar da entrega de 37 casas populares. Esta foi a primeira vez que o município recebeu um governador em seus 70 anos de história.
Participaram do evento moradores do condomínio Conjunto Habitacional Santa Cruz, beneficiados com a entrega da chaves, além de moradores. Estiverem presentes também o prefeito, Luiz Gonzaga Cinta, o "Luizão" (Avante), o deputado estadual Bosco (Cidadania) e o deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PL-MG).
O conjunto habitacional começou a ser construído em 2016 pela gestão passada, enfrentou entraves burocráticos, incluindo questões da empresa contratada e aumento do custo estimado, e somente agora foi finalmente entregue, para alívio dos moradores.
Zema afirmou estar honrado de saber que é o primeiro governador a visitar Claraval. “Porque parece que governador de Minas, o que mais gostavam era de ficar no gabinete, com ar condicionado atendendo bajuladores. E eu que venho do setor produtivo, faço questão de levar a mesma vida de antes", disse o governador mineiro.
"Eu fiquei 30 anos na estrada, quando eu administrei uma empresa que abriu lojas em todas as regiões do Estado e falei: como governador eu não vou mudar de vida, não vou ficar no escritório com ar condicionado, tomando cafezinho e recebendo bajuladores”, afirmou Zema.
“Mineiro precisa ser escutado. Estou completando aqui 335 cidades diferentes que eu vou. Muitas também que nunca tiveram atenção do governo do Estado, acho que até por um motivo bem simples. Muitos políticos gostam é de forçar atendendo bajuladores, gostam de ir só onde vão ganhar 10 mil votos, 20 mil votos, e esquecem o interior do Estado, e eu que sou do interior faço questão de ir em toda cidade, independentemente da população, do porte da cidade. Todos são mineiros, todos merecem respeito e consideração do governo do Estado”, finalizou Zema.
Após o final do evento, Zema se dirigiu para o aeroporto de Franca para pegar uma aeronave rumo a Belo Horizonte. O governador daria uma entrevista coletiva de imprensa na capital mineira para falar sobre a tragédia envolvendo o helicóptero Arcanjo 4 - do Corpo de Bombeiros (MG) que estava sumido nesta sexta-feira, 11, e que caiu em Ouro Preto, matando quatro integrantes da corporação, além de um enfermeiro e um médico do Samu. A equipe estava prestando atendimento a um monomotor que caiu horas antes e deixou um morto, quando perdeu contato com a torre de controle. O Arcanjo foi encontrado após 12 horas de buscas.
O governador esteve também no ícone da cidade, o Mosteiro de Claraval, onde almoçou com autoridades e representantes. Ainda em Claraval, no começo do evento, um minuto de silêncio foi dedicado às vítimas do acidente aéreo.
O empreendimento inaugurado por Zema foi fruto de uma parceria entre o Governo do Estado, por meio da Cohab Minas, Caixa Econômica Federal, Ministério das Cidades e Prefeitura Municipal de Claraval.
A Cohab Minas atuou como entidade organizadora do empreendimento, sendo responsável pelo trabalho operacional e de gestão, atuando desde as negociações iniciais, processo licitatório, até o registro dos imóveis em cartório.
O Governo de Minas teve participação para a entrega do empreendimento, com o aporte emergencial de R$ 769 mil na obra para conclusão das casas. Além disso, este custo não será repassado aos beneficiários.
As moradias possuem dois quartos, sala, cozinha, banheiro, circulação e área de serviço, totalizando 40,79 metros quadrados de área, com possibilidade de expansão horizontal. São casas com laje pré-moldada revestida, além de telhado cerâmico com engradamento metálico.
Na sala, quartos, cozinha e banheiro, o piso é cerâmico. A área de serviço tem piso cimentado. As paredes do banheiro, cozinha e área de serviço têm revestimento cerâmico em altura de 1,5 metro.
As casas são entregues com pintura látex na parte interna e pintura acrílica na parte externa. As unidades habitacionais podem ser adaptadas em termos de acessibilidade para cadeirantes.
Para aquisição dos imóveis, os beneficiários atenderam aos critérios do programa, que à época contemplava famílias com faixa de renda, que não ultrapassasse R$ 2,6 mil.
A inscrição dos beneficiários, segundo o Governo de MG, seguiu critérios definidos pela prefeitura e pelo conselho municipal de habitação. Após esta etapa, as famílias passaram por entrevista e análise de documentação na Caixa Econômica Federal.
No contexto do Programa Minha Casa Minha Vida-Parcerias, com recursos provenientes do FGTS, foram direcionados cerca de R$ 3,3 milhões para construção das moradias.