11 de outubro de 2024
INUSITADO

Candidata sem nenhum voto se torna suplente em Pedregulho

Por N. Fradique | da Redação
| Tempo de leitura: 1 min
Reprodução/TSE
Ângela aparece no site do TSE com 0 voto

A política apresenta situações inusitadas. Uma candidata a vereadora, que não votou nela própria nas eleições municipais no último domingo, 6, se tornou suplente da Câmara Municipal de Pedregulho, a 41 km de Franca. 

Segundo resultado apresentado no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Ângela Ferreira (PSB), computou zero voto e mesmo assim é suplente em uma das 11 cadeiras existentes no Legislativo da cidade. 

Ângela foi procurada pela reportagem nesta quinta-feira, 10, para explicar como foi o período de campanha e o motivo de não ter obtido nenhum voto, inclusive o seu, mas apenas disse: “Tô no serviço agora, assim que sair relato para você”.    

Outras cidades do Estado, como Brodowski, Cajuru, Sertãozinho e Pitangueiras também contam com candidatos suplentes, sem computar nenhum voto.

O que dizem as regras

Um suplente assume o cargo de vereador quando um dos titulares se afasta por motivos como licença, renúncia ou falecimento, ou se o titular decidir deixá-la para concorrer a outro cargo. O suplente é definido segundo a votação do partido ou coligação a que pertence, e sua posição na lista de suplência é determinada pela quantidade de votos que recebeu nas eleições. 

As vagas de suplentes são do partido, não dos candidatos. Se um candidato trocar de partido ou for expulso, a vaga de suplente será destinada ao próximo mais votado que estiver na fila de espera dessa legenda. O suplente não recebe salário, mas deve permanecer disponível durante todo o mandato.

O candidato com zero voto pode até chegar a assumir o cargo. Isso porque o cargo pertence ao partido ou federação, que alcançou a somatória de votos necessária, permitindo essa situação dentro do sistema eleitoral.