Um incêndio de grandes proporções atingiu o Paiolzinho, bairro rural de Franca, causando danos em uma APP (Área de Preservação Permanente) e a uma plantação de cana-de-açúcar pertencente à Usina Cevasa, nessa terça-feira, 8. O fogo se estendeu pela noite.
A Polícia Militar foi acionada para atender à ocorrência. No local, os policiais se encontraram com representantes da Usina Cevasa, que já tentavam combater as chamas. Funcionários da usina informaram que o fogo teria se iniciado nas proximidades de uma clínica de reabilitação existente nas imediações. Segundo os funcionários, o incêndio teve início ainda pela manhã e rapidamente se alastrou para além da clínica, atingindo áreas externas.
Diante dessas informações, a guarnição dirigiu-se até a clínica para apurar os fatos. Em contato inicial com o coordenador da instituição, os policiais foram informados de que dois assistidos pela clínica, um homem de 44 anos e outro de 35, estavam realizando a limpeza de uma área interna do terreno quando, acidentalmente, colocaram fogo em parte da horta. As chamas acabaram se espalhando, fugindo do controle e atingindo as áreas vizinhas.
Os homens confirmaram à polícia que estavam fazendo a limpeza, e que o fogo havia escapado para fora dos limites da clínica. No entanto, ao serem conduzidos para a unidade policial, ambos mudaram suas versões, afirmando que o incêndio, na verdade, teria sido causado por um curto-circuito em uma máquina utilizada pela clínica, mais especificamente uma bomba d'água.
Apesar da nova versão apresentada pelos envolvidos, os dois foram encaminhados ao sistema prisional de Franca, onde permanecerão à disposição da Justiça.
A Polícia Civil investigará as circunstâncias para determinar a real causa do incêndio, bem como a responsabilidade pelos danos causados à área de preservação e à plantação de cana-de-açúcar.