05 de outubro de 2024
GRANDE CONFRONTO

Debate do GCN teve críticas a Alexandre e tensão nos embates

Por Higor Goulart | da Redação
| Tempo de leitura: 5 min
Luciano Tortaro/GCN
Debate do GCN aconteceu na noite desta quinta-feira, 3, na Acif (Associação do Comércio e Indústria de Franca)

O debate entre os nove candidatos a prefeito promovido por GCN/Sampi, Acif e Difusora terminou no final da noite desta quinta-feira, 3, data final estabelecida para os confrontos entre postulantes aos cargos eleitorais municipais.

Durante os cinco blocos, os destaques ficaram com os confrontos no formato de arena, com embates marcantes entre Guilherme Cortez (PSOL), Alexandre Ferreira (MDB) e Alexandre Tabah (NOVO). Houve críticas de todos os políticos à gestão do atual prefeito.

Os principais temas do debate foram: críticas ao transporte público e à empresa São José; projetos para a saúde e fila de espera para as cirurgias eletivas; privatização da Sabesp; e baixo orçamento de Franca.

Aconteceram dois pedidos de direito de resposta, solicitados por João Rocha e Tabah, sendo ambos negados. Foram dadas duas advertências ao candidato do NOVO.

O confronto de ideias foi mediado pelo jornalista Corrêa Neves Jr.

Apresentações marcam início do debate

O Debate do GCN – O Grande Confronto deu a largada para o primeiro bloco com os discursos dos nove nomes na disputa pela Prefeitura de Franca. A ordem foi definida em sorteio com a presença de assessores.

De início, o apresentador e jornalista Corrêa Neves Jr. agradeceu a presença dos candidatos e reforçou a importância da parceria com a Acif (Associação do Comércio e Indústria de Franca) para a realização do debate. “Os candidatos estão reunidos para um debate franco e direto sobre suas ideias, convicções, seu histórico e seus projetos. É o momento do debate para que você possa tomar sua decisão sobre quem julga ser o mais preparado, tem a melhor biografia e reúne os mais adequados projetos para administrar Franca”, afirmou Jr.

Os candidatos aproveitaram o discurso inicial para se apresentarem à população. Os oito opositores de Alexandre apontaram erros da atual gestão e se colocaram como alternativas. O atual prefeito comemorou os resultados das pesquisas, que o colocam como preferência do eleitorado.

Confronto entre Alexandre e Cortez encerra segundo bloco

O segundo bloco contou com perguntas feitas por Corrêa Neves Jr. aos candidatos. A ordem de quem respondeu a pergunta e quem comentou foi sorteada previamente em uma reunião com representantes dos partidos.

O principal momento do bloco foi o confronto entre Guilherme Cortez e Alexandre Ferreira. O candidato do PSOL comentou sobre os seus projetos de tarifa zero no transporte público e municipalização do serviço de saneamento básico.

Sobre a tarifa zero, Cortez afirmou que o projeto “não é um bicho papão”. “O que não dá é seguir com a calamidade do transporte público”. Em relação ao tratamento de água, o candidato provocou o atual prefeito. “Infelizmente, o atual prefeito apoiou a privatização da Sabesp”.

Na sua resposta, Alexandre criticou a fala de Cortez e afirmou que fez o necessário para manter a qualidade do serviço de água em Franca. “O candidato fala, fala e fala, mas só faz barulho”.

Por fim, Cortez afirmou: “Você decepcionou os trabalhadores da Sabesp, quando apoiou por um motivo mesquinho a privatização. Você se gaba em ser um bom gestor, mas está faltando muito para você".

Os demais embates concentraram as principais críticas à gestão do atual prefeito, com os candidatos discutindo medidas que pretendem realizar se forem eleitos.

Arena permitiu provocações diretas entre adversários

Formato inédito do Debate do GCN, a arena no terceiro bloco marcou provocações diretas dos candidatos ao prefeito Alexandre Ferreira e contou com um embate bastante tenso, marcado por advertências e intervenções, entre Guilherme Cortez (PSOL) e Alexandre Tabah (NOVO).

Durante o bloco, João Rocha (PL), principal adversário de Ferreira na disputa, não teve a oportunidade de enfrentar o atual prefeito. No entanto, nos embates com os demais candidatos, ele aproveitou para citar diversos problemas da atual gestão. O nome do PL criticou o comportamento do emebista na condução da população em situação de rua e o chamou de “Pai do CentroPop”.

Os candidatos reclamaram das longas filas de espera nos serviços de saúde e a centralização dos atendimentos na Santa Casa. “Contratar mais médicos, falar duro com a Santa Casa, é responsabilidade do prefeito”, apontou Cortez.

No sétimo embate, as críticas a Alexandre deram lugar à tensão entre Cortez e Tabah. O candidato do NOVO iniciou o confronto com provocações ao adversário, ao chamá-lo de “Gui”, o que motivou duas advertências seguidas por parte do apresentador mediador do debate, Corrêa Neves Jr.

Tabah ainda provocou Cortez ao apontar que ele pretende aplicar a ideologia de gênero nas escolas e afirmou que o nome do PSOL abomina cristãos. “Se você é cristão e vota nele, veja o que está fazendo”, disse o candidato do NOVO.

Em resposta, Cortez chamou o rival de “o candidato que os eleitores dão risada”. “Você é tipo o Padre Kelmon desta eleição. É um alívio cômico”.

Saúde, transporte, Sabesp e divisão da esquerda dominam quarto bloco

Na segunda arena, os discursos se repetiram, com mais críticas ao atual prefeito. Os candidatos apontaram os problemas em relação especialmente às áreas da saúde, transporte, educação e saneamento básico.

João Rocha responsabilizou o atual prefeito pelo baixo orçamento do município. Segundo ele, o valor já é curto e ficou ainda mais por conta da privatização da Sabesp. “A nossa Sabesp representa hoje um quinto do nosso orçamento. Cerca de 220 milhões. Ela está sendo entregue de mão beijada para que a iniciativa privada possa usufruir”, criticou.

Tito Flávio indicou que as medidas de segurança pública adotadas pela atual gestão são ineficientes. “A nossa Guarda Municipal está em frangalhos e o prefeito acha que investir em câmeras de monitoramento é o certo. Quantas casas têm câmeras e não estão seguras?”, questionou.

Um embate entre João Scarpanti e Guilherme Cortez constatou a divisão da esquerda na corrida eleitoral deste ano. O candidato do PCO iniciou o confronto ao indicar que o deputado estadual foi o responsável pela separação. “Você sempre disse que a esquerda deveria se unir em torno de sua candidatura. Isso é uma postura de uma pessoa vaidosa ou não?”, questionou.

Candidatos finalizam com pedidos de voto

O Debate GCN – O Grande Confronto encerrou o bloco final com as considerações finais dos nove candidatos à Prefeitura de Franca. Durante um minuto e meio, os nomes na disputa reforçaram seus principais projetos e aproveitaram o momento para pedir o voto do eleitorado.