27 de setembro de 2024
OPERAÇÃO INTEGRATION

Lotéricas de Franca são investigadas no caso Gusttavo Lima

da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
Gusttavo Lima e Deolane Bezerra são investigados por empresas de apostas esportivas

A operação Integration, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro relacionado a apostas on-line e que resultou na prisão da influenciadora Deolane Bezerra, além de um pedido de prisão do cantor Gusttavo Lima, incluiu duas lotéricas de Franca e uma de Batatais nas denúncias da Polícia Civil de Pernambuco.

De acordo com informações do G1, as lotéricas envolvidas em Franca são a Sorte Grande, localizada na Rua Saldanha Marinho, e a Caçula, na Avenida Champagnat. A Lotérica Pupins, em Batatais, também está sendo investigada.

A operação, que foi deflagrada no começo do mês, teve a prisão da influencer Deolane e sua mãe Solange Bezerra, além do dono da empresa Esportes da Sorte Darwin Henrique da Silva Filho. Todos tiveram as prisões revogadas nesta segunda-feira, 23.

Já o cantor Gusttavo Lima, que também é alvo da operação, por suspeita de conivência com investigados foragidos, chegou a ter a prisão preventiva decretada pela Justiça de Pernambuco, mas também foi revogada nesta quarta-feira, 24.

E as lotéricas?

As investigações chegaram às lotéricas francanas após a identificação de Darwin Henrique da Silva, apontado como o criador da banca “Caminho da Sorte” e alvo principal do inquérito.

Darwin é irmão de Dayse Henrique Tavares da Silva, que é citada como representante da lotérica Meg Sorte Grande Loterias, empresa que realizou transações suspeitas, levantando indícios de ocultação da origem, destino e valor dos recursos.

No início deste mês, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 10 milhões da Meg Sorte, enquanto as lotéricas Caçula e Pupins tiveram R$ 5 milhões bloqueados cada uma.

Advogada nega envolvimento

A advogada Maria Claudia Seixa, que representa Gelson Jorge, proprietário das lotéricas investigadas, negou qualquer envolvimento com o esquema e afirmou que a denúncia foi equivocada.

A defesa ressaltou ainda que Dayse deixou o quadro de sócios da Meg Sorte Grande, hoje denominada Sorte Grande de Franca Ltda, em 2006. A informação é confirmada pela defesa de Dayse, que também afirma que o nome dela foi removido do quadro societário da lotérica em 2006, e desde então, ela não possui qualquer ligação com a empresa.

Também ao G1 os advogados de Dayse ainda destacam que a investigação policial faz menção apenas a conceitos genéricos de lavagem de dinheiro, sem detalhar os elementos fundamentais que caracterizariam o crime, como a origem ilícita dos valores ou a tentativa de dissimulação para legitimar os recursos no sistema econômico.