O número de empresas que oferecem serviços voltados a pets quase dobrou na região de Franca ao longo dos últimos seis anos. Os dados são de um levantamento do Sebrae-SP que usou informações da Receita Federal.
A pesquisa, que inclui microempreendedores individuais (MEIs), microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP), leva em conta atividades de comércio varejista de medicamentos veterinários, comércio de animais vivos e artigos e alimentação para animais, atividade veterinária, alojamento de animais domésticos e higiene e embelezamento de animais domésticos.
Levando em conta toda a região, o salto foi de 98,7%: são 920 firmas do ramo contra as 463 de 2018. Dentre os municípios considerados, Franca apresentou um dos maiores crescimentos: 105%. Eram 257 empresas do segmento em 2018. Hoje, são 527.
Considerando as outras cidades de maior população, Batatais, com 123%; São Joaquim da Barra, com 128%; e Ituverava, com 92%, tiveram aumentos notáveis.
“O aumento das vendas de pets, como cachorros, gatos e coelhos, contribuiu para o crescimento deles dentro dos lares, o que causou um aumento na demanda por banhos e tosas, fazendo com que este mercado fique fomentado. Muitos empresários querem iniciar nesta área de pets e fazem cursos para empreender no setor”, disse Lucas Castejon, há três anos no mercado com a startup Cuk.Pet.
Ainda para o empresário, as famílias têm optado, em maioria, por ter animais de estimação em vez de filhos, o que alavanca ainda mais o ramo.
Consultor de negócios do Sebrae-SP, Jorge Zanetti analisa o aumento como uma mudança no comportamento do setor. “Em resumo, a combinação de fatores socioeconômicos e mudanças comportamentais transformou o setor pet em um dos mais dinâmicos da economia brasileira”.
Para ele, existem cinco pontos fundamentais para o crescimento da ramo: “a humanização dos pets, o aumento da renda, o envelhecimento da população, a urbanização e a pandemia, que intensificou o vínculo entre pessoas e pets”.