O corpo do adolescente de 16 anos que faleceu neste domingo, 15, na Santa Casa de Franca, foi sepultado na manhã desta terça-feira, 17, no cemitério da cidade de Miguelópolis.
Vitor Hugo Barbosa Soares deu entrada no hospital na última quarta-feira, 11, após cair e bater com a cabeça na escola onde estudava. Ele estava brincando com os colegas dentro da sala de aula na Escola "Capitão Emídio" quando sofreu o acidente.
Segundo a Secretaria Municipal de Educação da cidade, Vitor caiu ao brincar com amigos de "cadeirinha". O garoto teria sofrido a queda ao ser impulsionado para cima enquanto os demais o carregavam pelos braços. Ele foi socorrido em estado grave, passou por cirurgia, mas não resistiu ao ferimentos, sofrendo morte encefálica.
A família de Vitor Hugo autorizou a doação de seus órgãos, que foi realizada na manhã desta segunda-feira, 16, pela equipe de transplantes da Santa Casa de Franca, e em seguida o corpo foi liberado para o velório, que aconteceu na manhã desta terça -feira, 16, em clima de muita emoção.
"Meu filho era um menino iluminado, tirei força quando decidi doar os órgãos do meu filho, ele está salvando vidas. Tiraram a vida do meu filho, mas hoje ele está salvando, hoje ele é um médico dos médicos", disse a mãe, Maria Cristina Barbosa Filho.
Vários amigos, familiares e alunos da escola onde ele estudava fizeram uma singela homenagem para prestar o último adeus e o demonstrar o quanto ele era amado e admirado por todos. O cortejo se deu início em frente à escola até o cemitério municipal da cidade, e foi marcado por música, motocicletas e orações.
Ao chegar no cemitério municipal, amigos e familiares presentes cantaram a música Louco e sonhador do MC Neguinho da Kaxeta, enquanto o sepultamento foi marcado com a música Estrelinha, dos cantores Di Paulo e Paulino e Marília Mendonça.
A mãe de Vitor fez um apelo para que jovens tomem cuidado com os riscos das brincadeiras entre os colegas. "Fica na escola, não corre, não jogue o coleguinha, não dá rasteira, não empurra. Fica tranquilo na hora do recreio que eles estão lá pra estudar. (...) Eu quero alertar todas as mães que corrijam seu filho em casa, explica, 'meu filho, não faz isso'. Eu quero que vejam no meu filho a fatalidade que foi essas brincadeiras pra não acontecer o que aconteceu com ele", disse Maria Cristina. Apesar da dor, a mãe de Vitor diz que não pretende apontar culpados, e que para ela o que aconteceu foi uma fatalidade.