O bispo de Franca, dom Paulo Roberto Beloto, juntamente com padres da Diocese, promoveram uma emocionante missa de corpo presente na despedida do padre Luiz Maurício Cardoso Lemos, que faleceu nesta quarta-feira, 11, em Franca.
A missa aconteceu às 15h, na Paróquia Santa Edwiges, localizada no bairro Jardim Nova Franca, onde o padre presidiu a sua última missa, ocorrida no dia 30 de agosto.
O bispo compartilhou memórias sobre o padre Luiz. "Pertencia ao clero da Diocese de Santarém, em Portugal, onde ele foi fazer uma experiência missionária e ficou lá durante alguns anos, foi muito bem acolhido (...) e, por motivo de saúde, ele quis retornar ao Brasil", explicou dom Paulo.
"Como ele tem parentes aqui na cidade de Passos [MG] e aqui também na cidade de Franca, pediu para que nós o acolhêssemos em nossa Diocese, e o fizemos assim com muita gratidão, com muita alegria, acompanhando o padre Luiz também na sua convalescença, no seu tratamento de saúde".
Segundo ainda disse o bispo, o padre morou com a família, com a irmã e o cunhado em Franca, mas chegou também a morar na casa do Clero durante alguns dia. Trata-se de um local que acolhe os padres idosos ou que estão em tratamento de saúde.
Ainda segundo o bispo, ao ser acolhido pela Diocese de Franca, o padre ajudou em atividades pastorais e em algumas paróquia.
“Eu agradeço o padre Célio e essa paróquia (Paróquia Santa Edwiges) que o acolheram muito bem, mas a sua saúde se agravou, então ele acabou falecendo. O padre Luiz, mesmo com todos os limites da saúde, sempre se colocou à disposição. 'Eu quero ajudar, eu quero celebrar', então todo esse dinamismo interior, apesar dos limites físicos, nós devemos agradecer muito a Deus. A vida e a morte de um padre se compreende na Eucaristia, porque para nós a Eucaristia é um sacrifício, é doação, na qual nós atualizamos o sacrifício de Cristo na cruz, e o padre é aquele que preside", prosseguiu o bispo.
O padre Célio Adriano Cintra, pároco da Paróquia Santa Edwiges, também prestou homenagem ao padre Luiz Maurício. “Em Franca, ele fez um trabalho muito cuidadoso. Com muito carinho, ajudou várias paróquias em momentos muito importantes”, comentou padre Célio.
“O padre Luiz foi um sacerdote muito querido, mesmo estando pouco tempo aqui, um homem de Deus, de oração, de espiritualidade, se dedicava muito tempo a conversar com os homens, com carinho grande pelas crianças, isso foi o diferencial".
Silvana Tonhante Ferreira, 62 anos, ajudante da paróquia, estava presente durante a missa desta quinta-feira. “[O padre Luiz] aconselhava muito todos nós, a homilia dele era fantástica, falava a língua de quem não tem muito estudo para poder estar passando o entendimento. O que mais marcou na nossa vida aqui na paróquia foi que toda vez no final da missa ele olhava para a Nossa Senhora e cantava uma salve rainha em latim, foi uma marca registrada”, comentou Silvana.
Ao final da missa, o corpo do padre foi encaminhado para o sepultamento, ocorrido no Cemitério da Saudade.