31 de agosto de 2024
UM DIA DEPOIS

Família de Adriano comenta soltura de Samir; 'soa injusta'

Por Hevertom Talles | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Hevertom Talles/GCN
Samir Panice Moussa: condenado na quinta-feira, 22, em júri popular

O assistente de acusação Clóvis Alberto Volpe Filho, que representa a família do auditor fiscal Adriano William de Oliveira, morto a tiros pelo dentista Samir Panice Moussa, afirma que a família de Adriano irá recorrer do habeas corpus concedido pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) em favor do dentista. 

Samir, que estava preso na Penitenciária de Franca, foi solto nesta quinta-feira, 29, após um despacho do juiz do caso no Fórum de Franca, atendendo à determinação da instância superior.

A decisão de soltura aconteceu na segunda-feira, 26, quatro dias após o júri popular, realizado na quinta-feira, 22, havia decidido pela condenação de Samir a 14 anos de prisão em regime fechado.

”O que tenho a dizer é que, dentro das regras processuais, vamos tentar reverter essa decisão, que para a família soa injusta”, disse Clóvis Alberto.

“Os amigos do Adriano estão muito tristes com os últimos acontecimentos, porque fomos surpreendidos com essa decisão favorável ao paciente de um HC impetrado contra a prisão preventiva, mesmo havendo condenação pelo Tribunal do Júri e prolação de sentença sem direito de recorrer em liberdade", comentou um amigo de Adriano da Receita Federal. "De fato, é difícil entender essas circunstâncias”,

Família emita nota 

"A gente recebe a notícia da soltura do Samir com muita tristeza e frustração. Nós sabíamos que a prisão dele ainda não era definitiva, mas mesmo assim não é fácil ver que mesmo após receber uma condenação de 14 anos de prisão em regime fechado, ele ainda é solto. É muito difícil lidar com essas reviravoltas. A cada mudança no caso, nós revivemos o trauma do assassinato e sentimos toda aquela dor da perda mais uma vez. Seguimos confiando que a Justiça vai confirmar tudo aquilo que os jurados já viram durante o julgamento e que a solução óbvia do caso vai prevalecer: a condenação do Samir será mantida e ele finalmente irá para a prisão de forma definitiva."

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