As "bets", como são conhecidos os sites e aplicativos de apostas, ganham cada vez mais espaço no mercado. No futebol brasileiro, por exemplo, 15 dos 20 times que disputam a Série A possuem empresas deste setor como patrocinadoras másteres.
Preocupação para o setor de varejo. O CEO do Magazine Luiza, Frederico Trajano, afirmou que esse crescimento pode afetar o consumo da população a longo prazo. “No primeiro semestre, não diria que houve algo que afetou o consumo. Não vejo impacto no curto prazo, mas o crescimento será exponencial. Não há regulação; é muito frouxa.”
"Bet é um problema de saúde pública. O Hospital das Clínicas está lotado com pessoas. E pode fazer efeito no cartão de crédito. O IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo) está atento a isso e estivemos com (o vice-presidente Geraldo) Alckmin e se falou disso. O varejo está bem, mas pode ser um problema que contamine muito o varejo daqui para frente,” completou.
O Valor Econômico, jornal especializado em finanças, informou que o montante movimentado envolvendo jogos digitais pode alcançar de R$ 120 bilhões a R$ 130 bilhões em 2024, segundo levantamento realizado pelo veículo em julho.
A Abras (Associação Brasileira de Supermercados) e o IDV estão discutindo os impactos das apostas no setor em reuniões internas, completou o Valor.
Ainda segundo Frederico, áreas de baixa renda que utilizam o cartão de crédito estão sendo as primeiras a sentir os impactos iniciais.