27 de agosto de 2024
INCÊNDIOS

Vereadores reclamam por terem sido excluídos de comitê de crise

Por N. Fradique | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
N. Fradique/GCN
Câmara debate situação das queimadas na região e pede ações preventivas

A Câmara Municipal de Franca repercutiu a situação de caos que afetou a cidade pelos efeitos das queimadas florestais na região no último fim de semana. O presidente do Legislativo, Della Motta (Podemos), lembrou que a Câmara conta com uma Comissão do Meio Ambiente e deveria ter sido convidada para integrar o Comitê de Crise, criado pelo Executivo, para acompanhar a situação no município.

“A Câmara Municipal, na questão de recursos, vem contribuindo da melhor maneira possível. Foi montado o Comitê de Crise, precisa mesmo de acompanhamento, mas temos que ser proativos na questão da prevenção. Quando for montar um Comitê, nós temos as Comissões do Meio Ambiente, nós temos a Mesa Diretora e é interessante convidar a Câmara Municipal para fazer parte desse comitê de gerenciamento de crise”, cobrou o presidente Della Motta.

Ao usar a Tribuna Livre, Marcelo Tidy (MDB) também abordou a questão dos incêndios que provocaram muita sujeira, poeira, fumaça e fuligem na cidade. “A Câmara poderia criar uma comissão para discutir ações junto ao Governo do Estado. A procura nas unidades de saúde triplicou”, disse Tidy. Ao contrário do que disse o vereador, a Prefeitura informou, na segunda-feira, que o fluxo de pacientes não aumentou nas unidades de saúde.

Também ao usar a Tribuna, Gilson Pelizaro (PT) disse que é necessário rever a legislação em todas as esferas. “Temos que fazer uma cobrança na Assembleia Legislativa de São Paulo para que reveja a legislação ambiental do Estado. Para saber se a lei existente é compatível com que a gente vê nas zonas rurais. O agronegócio é importante, só que, ao mesmo tempo,  tem que se pensar no bem-estar e preservação ambiental”.

O vereador disse que a Prefeitura de Franca agiu rápido, ao criar o Comitê de Crise para acompanhar os efeitos das queimadas, mas que o Legislativo deveria participar. “Nós temos um Código de Meio Ambiente de décadas atrás. Será que não necessita de adequações? O Legislativo, em todos os níveis, vai ter que ver aquilo que lhe compete. Temos a Comissão de Meio Ambiente e poderíamos ser consultados para auxiliar na elaboração de ações. Espero que esse Comitê não seja só para falar que amanhã não vai ter aula", disse o petista.

Pelizaro defende a criação de brigadas de incêndio, treinamentos, exigir corta-fogo (aceiro) nas plantações e manutenção dos hidrantes na cidade.

Daniel Bassi (PSD) também apresentou um vídeo sobre incêndios à vegetação à beira da rodovia Cândido Portinari, sendo necessário a interdição de uma das pistas. “Oficiamos o Governo do Estado através do Parlamento Regional. Estamos enfrentando uma crise hídrica de mais de 120 dias e vem se agravando. Nesse ofício, a gente pede ação imediata e que faça ações mitigadoras futuras, com aportes financeiros às forças de seguranças. Não só pensar nas ações quando ocorre o problema”.

Os outros vereadores que também abordaram o tema foram Ronaldo Carvalho (PP) e Zezinho Cabeleireiro (PSD).