Um júri popular composto por quatro homens e três mulheres decidiu pela condenação do dentista Samir Panice Moussa, de 48 anos, réu confesso que matou o auditor fiscal Adriano William de Oliveira, de 52 anos.
Samir foi condenado a 14 anos de prisão em regime fechado e poderá recorrer à condenação preso. Ele também foi condenado ao pagamento de 50 salários mínimos a título de indenização.
O promotor do caso, Odilon Nery Comodaro, pediu ao júri que aplicasse a pena de homicídio doloso com a qualificadora de impossibilitar a defesa da vítima.
Os laudos apresentados no plenário, segundo o promotor, apontam que Adriano não teve chances de reagir aos disparos feitos pelo dentista.
O assistente de acusação, Clóvis Alberto Volpe Filho, representando a família de Adriano, argumentou no plenário, durante o uso da sua palavra, que a defesa de Samir tentou trazer ao júri que quem é culpado é Adriano, e que Samir seria a vítima do caso, para ele uma injustiça. Ele pediu ao júri que fizessem uma decisão justa
A defesa de Samir, conduzida pelo advogado Márcio Cunha, buscou convencer o júri que o ato praticado pelo dentista foi de legítima defesa e pleiteou a absolvição do réu. O advogado também pediu que o júri desconsiderasse a caraterização da qualificadora que impossibilitou a reação de Adriano, tese essa defendida pelo promotor de acusação.
Cunha propôs que se o júri não decidisse pela absolvição de Samir, que o caso fosse considerado de homicídio privilegiado. A defesa também pediu a diminuição de pena.
Após o final do júri, com a sentença proferida pelo juiz José Rodrigues Arimatéa, a família de Adriano, o promotor de acusação e o assistente celebraram a condenação de Samir e analisaram que a pena aplicada reconhece que a justiça foi feita.
Os filhos do auditor fiscal, de 28 e 23 anos, emocionados, se manifestaram. “Nada vai conseguir reparar a perda que a gente sofreu, nada. Mas satisfeitos que os jurados agiram de acordo com tudo o que ele viram, que meu pai foi vítima desse crime brutal, assassinato de uma forma muito cruel”, disseram.
“A acusação entende que foi feita a justiça, que houve uma condenação à altura do ato praticado. As provas eram consistentes e a sociedade francana deu uma reposta correta, que é condenar e mantê-lo preso”, disse o assistente de acusação, Clóvis Alberto Volpe Filho.
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