Os francanos abriram mais empresas no primeiro semestre de 2024 do que em qualquer outra metade inicial dos últimos dez anos. De janeiro a junho, de acordo com a base de dados do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, 5.805 novas firmas foram abertas em Franca, um número 10,5% maior do que o de 2023, quando surgiram 5.255 companhias na cidade.
Os dois anos, inclusive, tiveram os melhores primeiros semestres com relação ao empreendedorismo na última década corrida (2015-2024), quando Franca registrou uma crescente. Em 2015, foram 2.161 novas empresas em seis meses. Em 2016, 2.368. 2.666 em 2017, 3.292 em 2018, 3.618 em 2019, 3.900 em 2020, 4.793 em 2021 e 5.092 em 2022.
Especificamente em 2024, das 5.805 novas instituições, 5.609 são microempresas, 77 são empresas consideradas de pequeno porte e 119 são de classes não especificadas. A maioria delas, 4.730, pertence a empresários individuais, enquanto 1.066 são sociedades limitadas. Seis são sociedades anônimas fechadas, duas são consórcios de sociedades e uma é sociedade anônima aberta.
Por outro lado, em comparação com o ano passado, o número de negócios que fecharam as portas logo na primeira metade do ano também é maior. São 3.295 em 2024 contra 2.807 em 2023 – 17,4% de diferença.
Para o economista Edgard Monforte, professor da FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária da Universidade de São Paulo), os números apresentados são animadores e demonstram uma recuperação na economia local, mas os empreendedores precisam se atentar, principalmente, aos anos iniciais depois da abertura das negócios.
“A gente tem vivido uma nova realidade, em que os empregos que eram oferecidos por empresas estão mais raros. Por isso, as pessoas têm optado pelo empreendedorismo. Sempre que a economia tem um período de crescimento, o ambiente fica mais favorável. As pessoas passam a ter uma maior vontade de empreender, um ambiente melhor. É claro que muitas dessas empresas vão sofrer e quebrar, mas algumas continuarão e, principalmente as que sobrevivem aos três primeiros anos, vão se desenvolver”, analisou.