Após enfrentar uma grave crise de superlotação, o Hospital da PUC-Campinas começa a semana com uma significativa melhoria no atendimento. Atualmente, a unidade está funcionando com o dobro da capacidade normal, bem diferente da semana passada, quando operava a 275% acima de sua capacidade.
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Segundo a última atualização, nesta segunda-feira (29), o hospital tem 40 pacientes internados em 20 leitos, sem ninguém à espera nos corredores.
A situação é bastante diferente da semana passada, quando o Hospital da PUC anunciou a superlotação. Na quinta-feira (25), havia 75 pacientes internados, todos de alta complexidade, e apenas 20 leitos, o que representava um atendimento de 275% acima da sua capacidade. A mudança no cenário foi devido à transferência de pacientes menos complexos.
Outros hospitais da região também enfrentam crise no atendimento. Na semana passada, o Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp anunciou que estava atendendo em 250% acima da sua capacidade. Porém, a situação dos leitos se manteve estável, segundo a assessoria de imprensa. O HC continua com 80 pacientes e apenas 30 leitos.
Já no Mário Gatti são 20 leitos de UTI, 146 de enfermaria e 25 de observação. A taxa de ocupação nos dois hospitais varia entre 90% e 95%. Ou seja, está no limite com relação aos leitos adultos.
Em nota, a Rede Mário Gatti informou que nenhum paciente que necessita de internação está desassistido e que, enquanto espera pela liberação de leitos, aguarda nas áreas de observação do pronto-socorro.
A superlotação dos principais hospitais da região levou as autoridades em saúde a buscar uma solução imediata. Depois de uma reunião entre o governo municipal, representantes do estado e das unidades, a Secretaria de Saúde informou que está em processo de contratação de mais 18 leitos junto à rede privada, e que as estruturas devem ficar disponíveis em cerca de 30 dias.
Durante entrevista ao podcast FPX Cast na semana passada, o prefeito Dário Saadi disse que já pediu socorro ao governador Tarcísio de Freitas. “Na última conversa eu expliquei para o governador que aqui em Campinas nós não temos onde abrir mais leitos. O município está carregado por uma demanda regional, que sempre tivemos. Mas com a pandemia, isto aumentou.”