Parte dos vereadores abriu a sessão da Câmara Municipal de Franca, nesta terça-feira, 16, com críticas ao serviço de limpeza e coleta de lixo da cidade. A empresa vencedora da licitação – Grupo Esse, que controla a Seleta Meio Ambiente – já opera na cidade há 16 dias, com contrato de R$ 3 bilhões por uma concessão de 30 anos.
A discussão começou com Marcelo Tidy (MDB) dizendo que o início do cumprimento do novo contrato está ruim. “Eu imaginava que o início fosse algo que mostrasse que o serviço de zeladoria de Franca fosse um exemplo. Se não fizer o trabalho bem feito, vou procurar o Ministério Público para fazer uma denúncia, porque o serviço está começando péssimo. As praças Nossa Senhora da Conceição e Barão estão sujas, horríveis”, disse Tidy, ao criticar também a situação dos contêineres e lixeiras subterrâneas.
Na sequência, Lurdinha Granzotte (Republicanos) também foi incisiva ao falar do serviço público, acrescentando que até o Paço Municipal sofre com sujeira. “A praça (central) está horrível. Vai lá na Prefeitura, passa ali. De manhã, é um horror. O pessoal da Prefeitura, que não é obrigação deles, de quem é servidor ali do Paço, ficar catando lixo naqueles contêineres. Aquilo ali é uma vergonha”.
Gilson Pelizaro (PT) questionou se há algum tipo de preocupação no contrato sobre educação ambiental. “Porque, às vezes, uma cidade suja vende uma cidade mal-educada, sem a devida orientação em relação às questões ambientais, de como proceder em relação aos resíduos e como fazer o descarte".
Sugeriu ainda questionar qual é o cronograma da empresa vencedora, quais as prioridades na execução do serviço nos primeiros 90 dias, por exemplo. "Vamos aproveitar agora que de 30 anos de contrato, estamos com 16 dias apenas. Vamos fiscalizar”.
Outros vereadores, como Zezinho Cabeleireiro (PSD), Donizete da Farmácia (MDB), Della Motta (Podemos), Ilton Ferreira (União), Ronaldo Carvalho (PP), também discutiram a questão da zeladoria da cidade, dizendo da importância da educação ambiental. “Franca está com 200 pedidos de podas de árvores atrasados. Então, que se faça um mutirão e acerte essa situação. Esse novo contrato precisa definir prioridades”, informou Ronaldo Carvalho.