O homem suspeito de abusar dos seus dois filhos, um menino de 9 anos e uma menina de 10 anos, afirma novamente que é inocente.
O acusado, um garçom de 38 anos, conversou com Portal GCN/Rede Sampi na tarde da última sexta-feira, 12, dia seguinte após a delegada Juliana Paiva apontá-lo como principal suspeito de abusar os filhos e de mais outras crianças, além de supostamente integrar uma quadrilha de pornografia infantil e de zoofilia na cidade. A delegada fez as declarações durante coletiva de imprensa na tarde de quinta-feira, 11, realizada na sede da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de Franca.
"Não sei de onde a delegada está tirando essas coisas", diz o acusado. "Faz mais de dois meses e meio que pegaram meu celular e computador. Não é possível que não averigou isso, que não teve nenhum desempenho (resultado). Impossível que ela não teve noção que tem de pegar o celular dela (da ex-mulher), tem que investigar (a ex-mulher)", afirmou o garçom.
O homem nega as acusações e diz torcer para que toda verdade seja descoberta.
A delegada responsável pela Delegacia da Defesa da Mulher (DDM) de Franca, Juliana da Silva Paiva, afirmou nesta quinta-feira, 11, que o garçom teria cometido estupro de seus dois filhos - os abusos teriam sido confirmados por perícia. Além de estupro de vulnerável, o pai é investigado por outros crimes como pornografia infantil e zoofilia. O homem teria se associado a outras pessoas durante vários anos numa espécie de quadrilha de pornografia infantil.
Em entrevista coletiva, a delegada deu mais detalhes sobre as denúncias feitas pela mãe de um casal de filhos, de 9 e 10 anos, que foram abusados. Os abusos teriam sido cometidos pelo pai, segundo versão da mãe. “Estamos em fase de levantar a autoria (do crime) e a materialidade dos crimes. Pelo menos dez pessoas foram ouvidas e cinco crianças passaram por escuta (entrevista com psicológas).
Os casos começaram a ser investigados quando a mãe das crianças procurou a delegacia após descobrir os abusos sofridos pelos filhos. Esses abusos aconteceram enquanto o casal ainda estava junto, segundo ela. O casal está separado há algum tempo.
“Os crimes aconteciam quando ela saía para trabalhar e as crianças ficavam em casa. Os filhos mais novos relatam o abuso sexual, já o filho mais velho, não”, continou a delegada Juliana.
A delegada Juliana Paiva afirma que desde que chegaram as denúncias, protocolou dois pedidos de prisão contra o suspeito, mas ambos foram negados pela Justiça. Ela ainda afirma que durante as investigações ficou claro que existe uma quadrilha especializada em pornografia infantil.
“Existe uma quadrilha por trás com envolvimento de pornografia infantil. É dito isso nas escutas especializadas com as crianças. Havia registros fotográficos e havia pessoas que recebiam essas fotos", continuou a delegada.
Vários aparelhos celulares foram apreendidos e estão em fase final de perícia. Juliana aguarda os resultados periciais para que novos pedidos de prisão sejam feitos. "É uma investigação muito minuciosa e cheia de detalhes, que às vezes temos que ir e voltar. Então ainda não temos o autor dos fatos”, disse Juliana.
Além das duas crianças abusadas, outras também foram vítimas da quadrilha. Agora, a parte final do inquérito pretende esclarecer quantas vítimas foram abusadas e quantas pessoas participaram do crime.
A Polícia Civil tenta também descobrir se o acusado tinha ganhos financeiros com as filmagens, se isso for comprovado o crime de exploração sexual também é incluído no processo.
Todas as crianças estão em famílias auxiliadoras e com apoio do Conselho Tutelar e Polícia Civil.
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