A cidade de Franca vai completar 200 anos em 28 de novembro. Neste período, surgiram inúmeros nomes tanto dentro quanto fora das quadras de basquete, setor calçadista e do cafeeiro. Entre eles, está o Barão da Franca, o pai dos pobres.
José Garcia Duarte, o Barão da Franca, nasceu em 4 de novembro de 1825 no município de Cajuru (SP). Cresceu em um lar de agricultores e, ainda moço, veio para Franca. Ao lado da sua família, formou a primeira fazenda de café. Detalhe que nesse tempo também criou a primeira máquina para beneficiar o produto na cidade.
Nascido em “berço de ouro”, José Garcia Duarte ajudou financeiramente a população carente do município por diversas vezes, ato que o ajudou a ser tratado como ídolo francano e o “pai da pobreza”.
Como forma de agradecimento pelos serviços prestados à comunidade, recebeu de Dom Pedro II o título de “Barão da Franca”, em 1888. Inclusive, foi o único que recebeu essa comenda desse regime monárquico, mesmo sendo nascido fora de Franca.
Garcia Duarte fez carreira militar com o cargo de Tenente-Coronel da Guarda Nacional. Exerceu dois mandatos como vereador, com direito a um período como presidente da Câmara Municipal. Barão foi vinculado ao Partido Conservador, cujo órgão apoiava o Imperador.
Manteve admiração pelas artes, construiu o Teatro Santa Clara, que foi destruído por causa de um incêndio, e faz parte da lista de fundadores da Santa Casa Misericórdia de Franca.
Barão da Franca casou-se pela primeira vez em 12 de junho de 1853 com Ana Cândida, cuja união permitiu o nascimento das filhas Firmina e Inácia. Após o falecimento de Ana, Barão casou-se com Maria Amélia Vassimon e não aumentou a sua lista de herdeiros. José Garcia Duarte morreu em 9 de fevereiro de 1891.