Os cachorros caramelos costumam ser lembrados pelo jeito dócil e tranquilo. Mas não no Jardim Palma, em Franca. Um desses animais está avançando nas pessoas que passam pela rua Minerva Martins Magnani. Os moradores da região Norte cobram providências da Prefeitura de Franca.
O cachorro apareceu em frente ao portão da casa de Crislaine Suave Chaves, de 34 anos. A moradora sentiu pena, colocou comida e água. O animal nunca mais foi embora. “Tem um monte de cachorro solto no bairro que ninguém sabe de onde é. A partir daí, nunca mais ele foi embora. Agora, todo lugar que vou, ele vai atrás”.
Crislaine tem um filho diagnosticado com TEA (Transtorno do Espectro Autista). “Chegou a pular no olho do meu filho lá no campinho e chegou a roxear”. Esse não foi o único episódio de perigo envolvendo o animal. “Ele já atacou o cachorrinho da minha vizinha, que é um pinscher, mas já faz um tempinho (...) ele avançou nos lixeiros no último sábado (1°)”.
A moradora tentou encontrar um novo lar para o animal. “Faz um bom tempo que estou pelejando para doar esse cachorro nesses negócios de adotar. Já conversei com um pessoal, mas está difícil deles quererem pegar esses cachorros grandes”.
Segundo ela, o Canil Municipal alega que precisa ter boletim de ocorrência ou laudo comprovando que o cachorro mordeu alguém para poder ser recolhido das ruas. Sem solução, pessoas repreendem Crislaine achando que o animal é dela. “Os outros da minha rua acham que o cachorro é meu. Ele não sai da minha porta, onde vou ele está atrás. Não posso ficar com ele”, completou.
Em nota, o Canil Municipal apenas reafirmou a posição que Crislaine havia recebido. “O animal é um cão comunitário e não há registros de mordedura, laudo médico ou boletim de ocorrência, que, conforme decreto n°11.246 de abril de 2021, são os requisitos para recolha”.
Apesar da falta de solução, a instituição complementa que denúncias podem ser realizadas na Guarda Civil, através dos telefones 153 e (16) 3724-1033, ou no próprio Canil pelo (16) 3703-9389.