27 de dezembro de 2024
RELIGIÃO

O Valor da Fé

Por Monsenhor José Geraldo Segantin | Especial para o GCN/Sampi Franca
| Tempo de leitura: 2 min

Através da Fé enxergamos Deus perto de nós. Sentimos uma “força” que só Ele tem. Com Ela somos fortes! Vejamos os ensinamentos deste domingo.

Primeira leitura: Gênesis 22.
Os primeiros dois versículos desta leitura levantam imediatamente um problema. Como é possível que Deus peça a um homem que sacrifique seu próprio filho?

O nosso objetivo agora, porém, não é o de encontrar uma justificativa para Deus ou para Abraão, mas sim o de entender a mensagem dessa página da Bíblia. O ensinamento dessa passagem se refere à fidelidade de Abraão.

Cortou todos os laços com o passado porque está certo de que Deus realizará a promessa de dar-lhe uma descendência numerosa.

Essa fé corajosa é proposta como exemplo a todos os catecúmenos no início da Quaresma.

Na segunda parte da leitura são apresentadas novamente as promessas feitas a Abraão. Depois da prova, Deus as confirma, infundindo-lhe um ânimo novo, para estimulá-lo a continuar seguindo pelo caminho da fé.

Segunda leitura: Romanos 8.
Na metade de sua carta, Paulo, não pode deixar de gritar toda a sua alegria: “Se Deus está conosco, quem será contra nós”.

Jesus, não pode pronunciar uma sentença de condenação contra os seus melhores amigos, os pecadores, em favor dos quais entregou sua própria vida.  Essa leitura, curta, é muita linda. Revela como o amor do Pai é definitivo e gratuito e como não pode ser destruído por nenhum pecado e por nenhuma infidelidade humana.

Evangelho Marcos 9.
Todos os anos, no segundo domingo da Quaresma, a liturgia da Palavra nos apresenta o tema da Transfiguração de Jesus.

A narrativa começa dizendo que Jesus se retirou para um monte muito alto, num lugar solitário, com três dos seus discípulos.

Os mestres daquele tempo, quando tinham alguma coisa de particular para revelar aos seus discípulos, retiravam-se para um lugar isolado.

No versículo 2 fala-se de uma alta montanha.

Na montanha a Bíblia situa os grandes encontros com Deus, as grandes manifestações do Senhor aos homens.

Também Jesus abandona a planície onde vivem os homens, onde se age segundo uma lógica e segundo princípios que não são os de Deus e conduz alguns discípulos para o mundo do Pai.

A mensagem central da narrativa encontra-se exatamente neste patamar: para instaurar o Reino que Jesus, durante a transfiguração, deixa entrever aos seus discípulos, é necessário passar através do sacrifício da própria vida.

Monsenhor José Geraldo Segantin é reitor do Santuário Diocesano de Santo Antônio