31 de agosto de 2024
'IDEIA BRILHANTE'

Prefeitura conclui obras na rotatória do São Joaquim; moradores e motoristas reclamam

Por Igor Araújo | da Redação
| Tempo de leitura: 4 min
Igor Araújo/GCN
Obras na rotatória e mudanças nos sentidos das ruas do bairro tiveram início no final do ano de 2023 e foram concluídas nesta quinta-feira, 22

A Emdef (Empresa Municipal para o Desenvolvimento de Franca) concluiu as obras na rotatória do bairro São Joaquim, que dá acesso ao Distrito Industrial, zona Oeste da cidade, nessa quinta-feira 22.

Embora tenham sido realizadas melhorias, segundo a Prefeitura, como alargamento da avenida Santos Dumont, instalação de rampas de acesso para pessoas com mobilidade reduzida e sincronização de semáforos, os moradores e motoristas que passam pelo local, reclamam que os problemas persistem.

Obras
Além do alargamento da avenida Santos Dumont, a Emdef fez rampas de acesso para pessoas com mobilidade reduzida, piso podotátil (que direciona e alerta pessoas com deficiência visual), novas guias, calçadas e ciclovias. O semáforo instalado no cruzamento das avenidas Wilson Sábio de Melo com Joaquim Speretta já está sincronizado com o da rotatória.

A Secretaria de Segurança fez a mudança no sentido da avenida Elias Abrão, que ganhou mão única dos dois lados, rumo ao bairro. Outra rua que teve alteração foi a Ana Custódio Parisse, no trecho entre a avenida Elias Abraão até a avenida Joaquim Speretta.

Também ocorreu a proibição de conversão à esquerda de quem transita pela avenida Severino Tostes Meirelles e deseja entrar no bairro São Joaquim pela rotatória. Duas opções estão disponíveis: virar à direita pela avenida Rio Amazonas, fazer o contorno ou seguir e contornar à esquerda após o pontilhão sobre a rodovia Cândido Portinari, voltando pela avenida Santos Dumont.

Reclamações
Mesmo após o fim das obras, os moradores e motoristas que passam pelas ruas do bairro São Joaquim ainda reclamam fortemente sobre as alternativas, ou falta delas, e o congestionamento que ainda acontece nos entornos do bairro

Giovanni Almeida, que é morador da rua Antônio Torres Penedo há 12 anos, diz que o bairro ficou com apenas uma saída e que o congestionamento apenas se transferiu para a avenida Joaquim Speretta, uma das poucas alternativas de saída do bairro.

“Acredito que possamos descrever que antes o bairro São Joaquim tinha duas saídas que se afunilavam na rotatória. Hoje, o bairro São Joaquim ficou com apenas uma saída que é no semáforo da avenida, o que acabou congestionando a avenida Joaquim Speretta. Também a rua em frente à Nikei e a Antônio Torres Penedo, em frente ao hospital.”

Já o morador Paulo Valerinni, que mora na rua Demar Tozzi, disse que ficou horrível e que a rua Antônio Torres Penedo dificultou muito a saída do bairro e que a única melhora foi o alargamento da rotatória.

“Ficou horrível, principalmente para quem reside nas ruas abaixo da Antônio Torres Penedo, dificultou muito para sair do bairro. Na minha opinião, a única melhora foi o alargamento da avenida, e ainda tiveram a capacidade de colocar dois sinais abrindo ao mesmo instante.”

Alex Prado conta que trabalha como motorista de aplicativo e que está tendo muitos problemas com corridas pelo bairro, após as mudanças, e que os semáforos abrem ao mesmo tempo na Wilson Sábio de Mello.

“Ficou péssimo, não melhorou em nada no horário de pico. Quem trabalha com aplicativos está tendo muito problema com corridas no bairro. Sem contar o absurdo de ter dois semáforos abrindo ao mesmo tempo. Por três vezes, quase bateram no meu carro, fazendo conversão proibida. Ou sincroniza melhor ou coloca aquelas balizas sinalizadoras iguais do Guanabara.”

Já Carolina Oliveira, que mora na Antônio Torres Penedo há sete anos, disse que o retorno é ridículo e que tiraram uma saída importante do bairro para transformar em retorno para quem passa em frente ao hospital.

“O retorno lateral ao posto que dá acesso à Antônio Torres Penedo é ridículo. Tiraram uma saída importante do bairro para transformar em um retorno que passa obrigatoriamente em frente ao hospital, que por si só já tem uma entrada a um quarteirão do retorno. Não faz sentido.”

A empresária Aline Veloso conta que há dois dias uma carreta foi virar sentido hospital e não conseguiu manobrar por conta de tantos veículos estacionados.

“Eu tenho um ateliê aqui no bairro, rua Abílio Coutinho esquina com a Antônio Tótoli. Anteontem uma carreta foi virar sentido hospital e não conseguiu manobrar por conta de tantos veículos estacionados. Se fosse seguir em frente e virar sentido Nikei ia ser um caos total, não iria conseguir manobrar de espécie alguma. Virou um caos aqui por uns 30 minutos, porque a carreta impedia a passagem.”

Já Eurípedes Roberto, que mora na Izabel Eliza de Lima há 13 anos, diz que acaba tendo de andar quatro quarteirões a mais para sair do bairro e que, talvez, apenas o alargamento da rotatória poderia ter resolvido o problema dos congestionamentos.

“A ideia das obras foi boa, não posso dizer que a rotatória ficou ruim, mas apenas o alargamento talvez resolveria muito esse problema. Mas a ideia de mudar o sentido da saída do bairro foi péssima, estou tentando entender até hoje o que os fizeram ter essa brilhante ideia.”

Durante a tarde dessa quinta-feira, 23, a Guarda Civil Municipal esteve na rua Elias Abraão para orientar motoristas que passavam pela rua Abílio Coutinho em frente ao Hospital São Joaquim e já caíam na Elias Abraão, onde o sentido foi alterado.