27 de dezembro de 2024
RELIGIÃO

Humanidade Convertida

Por Monsenhor José Geraldo Segantin | Especial para o GCN/Sampi Franca
| Tempo de leitura: 2 min

Estamos vivendo o período da Quaresma e ouviremos belas catequeses que nos apresentam Deus sempre vindo ao nosso encontro para nos salvar. Vejamos as lições deste domingo.

Primeira leitura: Gênesis 9
Muitos povos, passam, de geração em geração, narrativas de uma grande catástrofe que teria acontecido nos primórdios do mundo e que teria destruído homens, casas, animais e plantações.

Também, a Bíblia contém uma dessas histórias: a famosa narrativa do dilúvio.

Relata, então, essa história, que os homens, criados por Deus com o coração bom, se tornaram, aos poucos, maus.

A terra estava completamente corrompida e repleta de violência... Então o Senhor disse: “eu destruirei os homens e a terra junto com eles”.

Jamais Deus pensou fazer essas coisas. Ele não castiga os homens, ele somente tem amor por eles, mesmo quando são malvados.

 Antes de tudo, essa história nos quer ensinar que Deus não fica indiferente diante daquilo que os homens fazem.

Deus nunca se conforma diante do mal e sempre intervém para corrigir, para reconstruir, para renovar.

A leitura termina com o sinal do compromisso assumido por Deus: o arco-íris.

A Bíblia se serve dessa maravilhosa imagem de arco-íris para significar a paz entre o céu e a terra, o abraço entre Deus e o Universo.

Segunda leitura: 1ª Carta de Pedro 3.
Nessa leitura Pedro retoma a história do dilúvio e dela se serve para explicar aos cristãos do seu tempo os efeitos do Batismo.

A água do batismo produz os mesmos efeitos da água do dilúvio: destrói o homem antigo e faz nascer um homem novo.

Essa renovação é possível porque Cristo, o Justo, morreu uma só vez pelos pecados de todos.

Evangelho: Marcos 1.
Todos os anos, no primeiro domingo da Quaresma, o trecho do evangelho fala das tentações de Cristo no deserto.

Com as figuras dos anjos e dos animais Marcos quer colocar em contraposição as consequências do pecado de Adão e aquelas da vitória de Jesus sobre o mal. A desobediência do primeiro homem provocou a confusão, a escravidão, a dor, a divisão, a agressividade; a obediência de Jesus deu início a um novo paraíso.

A segunda parte do evangelho deste dia nos relata, em síntese, toda a pregação de Jesus: “Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo: fazei penitência e crede no evangelho”.

Monsenhor José Geraldo Segantin é reitor do Santuário Diocesano de Santo Antônio