Moradores da região de Franca estão preocupados com o estado da ponte que conecta Rifaina (SP) a Sacramento (MG). Um vídeo feito por um banhista revelou vigas de sustentação aparentemente corroídas, levantando alarmes sobre a segurança da estrutura.
A responsabilidade pela manutenção da ponte sobre o Rio Grande tem sido alvo de debate há anos, deixando a população em suspense quanto às medidas que serão tomadas para garantir a segurança dos usuários. O tema é alvo de inquérito civil na Promotoria de Justiça desde 2021, e até o momento não tem resposta.
Procedimento no Ministério Público de São Paulo, assinado em 23 de fevereiro de 2023, informa que a ponte foi construída pela Cemig (Companhia Energético de Minas Gerais), antiga concessionária da Usina Hidroelétrica de Jaquara. O espaço é explorado atualmente pela Engie Brasil.
Apesar do DER (Departamento de Estradas de Rodagem) paulista realizar a manutenção do encabeçamento da ponte, segundo o documento, o município de Rifaina e o Estado de São Paulo negam ter responsabilidade sobre o restante da estrutura.
A reportagem do Portal GCN/Rede Sampi procurou o DER-MG que também reiterou não ser o responsável pela obra. "A autarquia avalia mecanismos jurídicos que deem legalidade a qualquer intervenção na estrutura".
Ainda no documento, o MPSP comunicou o Ministério Público Federal sobre o imbróglio alegando que "a ponte conecta dois estados da Federação (São Paulo e Minas Gerais) e que está sobre o Rio Grande, há interesse da União sobre o caso", diz o texto.
Enquanto nenhum órgão assume responsabilidade pela manutenção da ponte, banhistas e moradores próximos seguem temendo o incerto.