19 de dezembro de 2025
URGENTE

Ex-policial civil acusado de agiotagem em Franca é preso na cidade de São Paulo

da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Arquivo/GCN
Rogério Camillo Requel, de 41 anos: acusado de se valer da profissão ainda quando era policial civil em prol da quadrilha de agiotas

Foi preso nesta sexta-feira, 26, o ex-policial civil Rogério Camillo Requel, 41 anos, que estava foragido desde novembro do ano passado após a operação “Castelo de Areia” realizada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) contra uma quadrilha de agiotagem que atuava em Franca.

De acordo com o promotor Rafael Piola, do Ministério Público, Rogério foi preso após diligências realizadas pelo Gaeco/Franca e pela Corregedoria da Polícia Civil. 

A prisão ocorreu na tarde desta sexta no bairro da Aclimação, na capital, onde Rogério estava se escondendo. Com a prisão do ex-policial, todos os alvos da operação já foram capturados.

Além de Rogério, estão presos os seguintes acusados de participar da quadrilha: Evanderson Lopes Guimarães, Douglas de Oliveira Guimarães, Ezequias Bastos Guimarães, Ronny Hernandes Alves dos Santos, Bruno Bastos Guimarães e Leomabio Paixão da Silva.


Agiotagem em Franca
Na época da deflagração da operação, os promotores revelaram que a quadrilha agia com violência. O ex-policial seria o responsável por fazer as cobranças e intimidar os devedores.

"A diferença para a quadrilha da Operação Maré Alta é que esta organização agia com mais violência. Eles usavam um policial civil para amedrontar e ameaçar as vítimas", afirmou o promotor Rafael Piola.

O ex-policial civil pediu e foi exonerado do cargo público no mês de setembro, antes da operação. Os promotores do MP informaram que essa organização criminosa era formada por núcleos familiares. Os agiotas seriam tios e sobrinhos, e cada um tinha uma função específica no esquema. Segundo o Gaeco, era usado capital próprio dos membros da quadrilha para movimentar a organização.

Os juros eram variados, calculados em cima de cada empréstimo, podendo ir de 8% até 30%. "A partir do momento em que havia o investimento e começava a girar, ao longo dos meses, o retorno, é natural que haja lavagem de dinheiro. Então, usavam nomes de terceiras pessoas, os ditos laranjas, para contas bancárias, cheques, veículos e imóveis... Tudo isso é natural por conta da grande movimentação de valores", disse o promotor Adriano Mellega.

Segundo o Gaeco, as quebras bancárias dos investigados mostraram uma movimentação aproximada de R$ 36 milhões nos últimos três anos.