27 de dezembro de 2024
RELIGIÃO

Sagrada família, um ‘exemplo para as famílias’

Por Monsenhor José Geraldo Segantin | Especial para o GCN/Sampi Franca
| Tempo de leitura: 2 min

A Igreja vive o especial, belo e rico tempo litúrgico do Natal: a celebração do nascimento de Jesus, nosso Salvador.

Hoje vivemos a celebração da Sagrada Família, a família de Jesus-Maria e José, modelo e exemplo para todas as famílias.

Para meditar sobre a Sagrada Família e nossas famílias, a Palavra de Deus vem nos ensinar. Meditemos.

Primeira Leitura: Eclesiástico 3.
O livro de Sirac ou Eclesiástico é um livro do Antigo Testamento que contém muitos conselhos valiosos e úteis para todas as situações da vida.

Boa parte do livro é dedicada à vida familiar, aos deveres do marido e da esposa, aos deveres dos filhos para com os pais e vice-versa.

O trecho que consta na primeira leitura de hoje nos fala dos deveres dos filhos em relação aos pais, deveres que podem ser resumidos numa única palavra: “honrá-los”. O que ela quer dizer?

Segunda leitura: Colossenses 3. 
A roupa é importante na nossa vida; é como o prolongamento do nosso corpo: faz a nossa diferença com os animais, que andam nus, revela nossos gostos e nossos sentimentos, manifesta a todos se estamos alegres ou tristes.

Na leitura deste dia São Paulo ensina que os cristãos devem vestir-se com roupa bonita, elegante, agradável aos olhos de todos. Qual é ela?

Trata-se de uma roupa muito preciosa e rara, feita de sete tecidos: “Revesti-vos de sentimentos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de paciência, de tolerância, de perdão recíproco.

Mas ainda não é o bastante. É preciso cingir-se com cinto que dê um toque de distinção e de perfeição a tudo o mais: a caridade.

Evangelho: Lucas 2.
O texto do evangelho de Lucas acentua a relação de Jesus com o Pai, sinalizando que sua missão ultrapassa os limites da família a que pertence pelos laços de sangue. Jesus participa com os pais da peregrinação a Jerusalém, para celebrar a festa da Páscoa.

Terminada a festa da Páscoa, que costumava durar sete dias, José e Maria tomam o caminho de volta a Nazaré da Galileia. Jesus permanece em Jerusalém e os pais notaram sua ausência entre os companheiros de viagem. Então, voltam a Jerusalém e, após três dias de procura, o encontram sentado entre os mestres da Lei, participando ativamente do ensinamento ministrado nos átrios do templo.

As pessoas, que acompanhavam o ensinamento dos mestres da Lei, ficavam maravilhadas com a sabedoria de Jesus. Aos pais aflitos que o procuravam, Jesus revela o sentido de sua missão: “Não sabíeis que devo estar na casa de meu Pai”. Depois disso, Jesus volta com os pais para Nazaré e continua vivendo na obediência filial, prefigurando sua doação total por amor, como servo obediente ao Pai.

Monsenhor José Geraldo Segantin é reitor do Santuário Diocesano de Santo Antônio