Hoje vivemos o segundo domingo do Advento: tempo próprio para preparar o nosso coração para o Natal.
O modo mais rápido é a Conversão.
Primeira Leitura: Isaías 40.
O trecho começa com a mensagem de alegria que o Senhor pronuncia pelos lábios do profeta: “Consolai, consolai meu povo, animai Jerusalém.
Na segunda parte da leitura ergue-se uma voz misteriosa que grita: “Abri no deserto um caminho para o Senhor...
Babilônia está separada de Jerusalém por um grande deserto. A estrada que une essas duas cidades não atravessa o deserto, mas o rodeia, tendo cerca de mil quilômetros.
As palavras do profeta também nos convidam para preparar a estrada através da qual poderemos encaminhar-nos rumo à liberdade. Somos escravos das nossas paixões, dos nossos egoísmos, das nossas invejas, dos nossos rancores. O Senhor vem para liberta-nos, mas nós devemos preparar os caminhos.
Na terceira parte da leitura o profeta supõe que os exilados estejam voltando para Jerusalém. Quem os guia não é um homem, Moisés, como no êxodo do Egito. É o próprio Senhor que os precede, como um pastor que conduz as suas ovelhas.
Quando o grupo dos exilados já está perto da cidade, alguns deles correm mais depressa e chegam antes para dar a “boa nova”. Gritam: “Estamos aqui, estamos livres!”
Segunda Leitura: IIª Carta de Pedro 3.
Os primeiros cristãos estavam convencidos de que o Senhor Jesus teria voltado logo a este mundo e pensavam que, naquele dia, todos os seus discípulos teriam ido ao seu encontro, elevando-se para o céu, como numa grande procissão.
O autor da carta se dirige aos cristãos das suas comunidades e os conclama não só a não desanimar diante das zombarias dos inimigos, mas também a reconsiderar a própria maneira de interpretar a fé.
É inútil tentar fazer cálculos para prever o momento da vinda do Senhor porque ele chegará de repente, como um ladrão.
Evangelho: Marcos 1.
Em toda a região da Judéia o povo alimentava grandes esperanças no Messias que devia chegar. Ele dizia-se, transformará a situação social: tirará os ricos dos seus tronos, destruirá os malvados e tornará felizes os pobres: acabará com o mundo antigo e dará início a um mundo e a uma humanidade completamente nova.
O Batista, então começa sua pregação ao longo do rio Jordão, conclama todos para a conversão, fala de um batismo para a conversão dos pecados, exige que se constitua uma comunidade de pessoas dispostas a mudar de vida.
O conteúdo da pregação de João é o anúncio da vinda de alguém que batizará com o Espírito. Com essa expressão ele quer dizer que o Messias fará desaparecer do coração de todos os homens o espírito mau, o impulso deturpado que impede a cometer malvadezas e comunicará a todos um Espírito novo, um Espírito bom que vem de Deus.
Monsenhor José Geraldo Segantin é reitor do Santuário Diocesano de Santo Antônio