A operação Maré Alta, deflagrada na última quarta-feira, 22, pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) com apoio da Polícia Militar contra uma quadrilha de agiotas que atuava em Franca, levou dez pessoas para a cadeia. Nesta quinta-feira, 30, cinco jovens acusados tiveram a prisão temporária convertida em preventiva, e seguem atrás das grades. Uma mulher grávida ficará em prisão domiciliar. Outras quatro pessoas foram liberadas com imposição de medidas cautelares.
Mas quem são os dez acusados de integrar a organização criminosa e qual a função de cada um? Importante destacar que a organização era dividida em liderança, responsável por fazer o intercâmbio entre os financiadores; os financiadores, que investiam na sociedade determinados valores; e os executores, que além de cooptarem os indivíduos interessados em contrair empréstimos, eram também responsáveis pelas cobranças dos débitos e possibilitavam a utilização de seus nomes para a abertura de contas bancárias e transferência de valores.
A seguir, veja a função de Bruno Aparecido de Almeida Costa, Natã Simões Leal, Jean Cardoso da Silva, Douglas de Carvalho Rosa, Wesley Henrique Paulista da Silva e Marcela de Pádua Lima, que tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça.
• Bruno Aparecido de Almeida Costa: é apontado como o líder da organização criminosa e principal estruturador do esquema. Costa atuava na captação e levantamento de recursos financeiros junto aos financiadores para empréstimo a terceiros, mediante juros altíssimos e cobranças violentas ou ameaçadoras, que eram concretizados pelos chamados executores. Enquanto líder da organização criminosa, era responsável por definir os procedimentos e protocolos a serem observados pelos executores, tanto na concessão dos empréstimos abusivos como nas cobranças dos valores devidos;
• Marcela de Pádua Lima: segundo a denúncia do Gaeco, dividia a liderança da organização com Bruno Aparecido de Almeida Costa. Também era executora, já que realizava os próprios empréstimos com a cobrança de juros abusivos e fazia as cobranças, muitas vezes com violência. Marcela Costa também mantinha contato constante com membros de outra organização criminosa investigada pelo Gaeco;
• Jean Cardoso da Silva: desempenhava a função de executor. Levantava clientes interessados na contração de empréstimos e também era responsável pela cobrança. Além disso, aponta a denúncia, atuava para mascarar a origem comprometida dos valores angariados pela atividade criminosa;
• Douglas de Carvalho Rosa: também desempenhava a função de executor na organização criminosa, sendo igualmente responsável por atrair clientes interessados na contratação dos empréstimos e efetuar as cobranças futuras em caso de inadimplência;
• Natã Simões Leal: também é apontado como executor, sendo igualmente responsável por atrair clientes interessados na contratação dos empréstimos e efetuar as cobranças futuras;
• Wesley Henrique Paulista da Silva: atuava diretamente na captação de clientes interessados em contrair empréstimos e na cobrança dos débitos da organização criminosa;
• Rodolfo Lomonaco Arantes: é apontado pelo Gaeco como financiador, com investimento de valor elevado na organização criminosa mediante partilha de lucros;
• André Augusto Ferreira Ribeiro: é igualmente apontado como financiador;
• André de Oliveira Venâncio: é apontado na denúncia como financiador;
• Gustavo Migueletti: apontado na denúncia como financiador.