Nove suspeitos de agiotagem em Franca tiveram a prisão temporária prorrogada por mais cinco dias pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, em decisão ocorrida na última sexta-feira, 24.
Os acusados foram presos durante a operação “Maré Alta” realizada contra agiotagem pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), junto com a Polícia Militar, na quarta-feira, 22. Ao todo, dez pessoas foram presas no dia da operação.
Permaneceram presos os seguintes acusados:
A decisão foi assinada pelo juiz da 2ª Vara Criminal do Foro de Franca, Ewerton Meirelis Gonçalves, que ainda determinou a transferência do preso Gustavo Migueletti para a cadeia pública de Franca. Ele estava preso na cadeia pública de Limeira.
Marcela de Pádua Lima, também acusada na operação da agiotagem, comprovou que está grávida e por esse motivo foi solta, entretanto, foram aplicadas diversas medidas cautelares, dentre elas, não se aproximar de possíveis devedores.
Inicialmente, a prisão provisória foi decretada por cinco dias a partir da quarta-feira, 22, se estendendo até o domingo, 26. Com a prorrogação, os nove suspeitos devem permanecer na cadeia pelo menos até a sexta-feira, 1º de dezembro.
Defesa
Os advogados dos agiotas pediram a revogação das prisões, alegando que elas não contêm todos os requisitos da prisão temporária e que os acusados já prestaram os esclarecimentos necessários. Argumentam ainda que as buscas foram cumpridas com sucesso e que os agiotas são primários, tendo bons antecedentes, residência fixa em Franca, possuindo trabalho lícito e que os clientes se comprometem a participar de todos os atos processuais caso venham a ser postos em liberdade, bem como a imposição de medidas cautelares diversas da prisão.
O juiz
Nos autos, o juiz afirmou que “os elementos indiciários de autoria e de materialidade delitiva colhidos comprovam os argumentos despendidos na decisão fundamentada, em que se decretou a prisão temporária dos requerentes, a qual é recentíssima, as argumentações das defesas, por si só, não trouxeram aos autos qualquer fato novo ou circunstâncias que pudessem alterar os seus fundamentos jurídicos, que deve ser mantida, como será, na íntegra”, segundo aponta trecho da decisão.
Ainda segundo a decisão, os fatos investigados são gravíssimos, os quais, junto de outros elementos, fundamentaram a decretação das prisões.
Segundo o juiz, o Gaeco informou que, por conta da complexidade do caso, ainda não terminou a análise de toda a prova obtida com as buscas, requerendo a prorrogação das prisões por mais cinco dias.