25 de dezembro de 2025
TRÂNSITO

Moradores comemoram duplicação de avenida em Franca: ‘Ainda tem os velozes e furiosos’

Por N. Fradique | da Redação
| Tempo de leitura: 3 min
N. Fradique / GCN
Antônio Medeiros Pedroso, morador do bairro desde quando a avenida não era asfaltada: “ficou bom”

Moradores e comerciantes dos bairros interligados pela avenida Geralda Rocha Silva, zona norte de Franca, comemoram a duplicação da via, que já foi chamada de ‘avenida do medo’. Isso porque, com aproximadamente 2 km, era muito estreita e considerada um dos trechos mais perigosos no trânsito da cidade, com registro de acidentes até com mortes.

Os moradores na avenida que cortam os bairros Jardim Tropical I e II, Jardim Portinari, Leporace e Residencial Meirelles também sofriam com os congestionamentos de veículos nos horários de pico. Os moradores na própria via enfrentavam dificuldades até para entrar ou sair de suas garagens.

A obra de duplicação foi entregue em setembro, e foram investidos cerca de R$ 3 milhões. Os moradores também foram contemplados como uma pista de caminhada.

Andreia Cristina Felício, 50, que trabalha há anos como vendedora em uma loja de jardinagem que fica na avenida, no Jardim Tropical, lembra das dificuldades antes da melhoria. “Essa obra era uma necessidade. Aconteciam muitos acidentes aqui. Para nós e para os próprios motoristas melhorou muito. A duplicação facilitou tudo aqui, inclusive na questão do estacionamento. Antes a via era muito estreita, e com os carros estacionados dos dois lados, quase não permitia as manobras para os moradores entrarem com seus veículos nas garagens”.

Andreia também destaca a construção da pista de caminhada que já vem sendo utilizada pela população para atividades físicas: “é uma passarela”.

Antônio Medeiros Pedroso, 64, serviço gerais, mora na avenida desde a inauguração do bairro Tropical há mais de 30 anos. Ele conta que já presenciou vários acidentes e aguardava há décadas a duplicação da via. “Aqui era um trecho problemático. As pessoas sofriam com o trânsito caótico, escuridão e muitos acidentes. Até para entrar na garagem era difícil, porque a rua era estreia com mão dupla. Quando de um lado o trânsito estava parado, do outro lado não. Era complicado. Agora ficou 100%”.

Afirmando ser um dos moradores mais antigos da localidade, Antônio revela que nunca pensou em mudar para outro local da cidade, “muito menos agora”. Ele diz que até vai começar a fazer uma caminhada na pista que está sendo concluída à beira de uma área verde (mata de preservação). “Todos os dias no fim de tarde vamos fazer uma caminhada. Já tem muita gente fazendo caminhada nesse trecho agora. Às vezes eu fico sentado aqui e vejo as pessoas praticando caminhada ou correndo pra baixo e pra cima”.

Viviane Cristina dos Santos Almeida, também vendedora em uma loja de produtos naturais na própria avenida, destaca a melhoria no trânsito e a facilidade que os clientes encontram para estacionar após a duplicação, mas chama a atenção para um novo problema que surge: a velocidade.

“O trânsito aqui no horário de pico era complicado, e agora ficou muito bom, mas eu acho que precisa colocar uma lombofaixa principalmente pelo fato de ter uma creche aqui na avenida porque, querendo ou não, ainda tem os velozes e furiosos”, disse ela, acrescentando que já houve registro de um atropelamento dias após a avenida ser entregue à população.