Hoje é o encerramento do Ano Litúrgico com a solene festa de Cristo Rei. Ontem, hoje, e sempre Cristo é o centro da nossa Fé! Ele é o Senhor do céu e da terra.
Primeira Leitura: Ezequiel 34.
Jerusalém e o seu templo maravilhoso tinham sido destruídos, suas muralhas arrasadas até o solo, os soldados da Babilônia se tinham entregado a toda espécie de violências e barbáries.
É nesta hora triste que Ezequiel pronuncia a profecia que encontramos na leitura de hoje. Revendo as desventuras que se abateram sobre o seu povo, ele compara os israelitas a um rebanho de ovelhas desgarradas e sem pastor e anuncia uma mensagem de salvação. Deus não promete enviar outros reis, mas afirma que ele mesmo se encarregará das suas ovelhas, reuni-las-á de todos os lugares onde estavam dispersas “nos dias de nuvens e de trevas” e as reconduzirá às pastagens das montanhas de Israel.
Segunda Leitura: 1ª Carta aos Coríntios 15.
Para entender esta leitura é preciso lembrar que Paulo, como muitos do seu povo, acreditava que a vinda do Messias teria dado origem a dois reinos, que teriam se sucedido um após o outro. O primeiro teria sido o Reino do Messias, o segundo o Reino de Deus.
Na leitura de hoje ele diz que o Reino do Messias terá a duração da história da humanidade e terminará no fim do mundo. Durante esse tempo o Messias irá destruindo, aos poucos, todos os seus inimigos: o último adversário a ser vencido será a morte.
Ele percorreu por primeiro este caminho e com ele chegam à vida de Deus todos os que morrem com ele e como ele.
Evangelho: Mateus 25.
A narração do “juízo final” é uma parábola.
O que quer ensinar o Mestre ao seu discípulo? Com certeza não é revelar-lhe o que acontecerá no fim do mundo, mas conduzi-lo a refletir, abrir-lhe os olhos, revelar-lhe o juízo de Deus sobre as escolhas que o homem faz hoje.
Os valores autênticos indicados por Jesus são diferentes daqueles pelos quais a maioria dos homens perde a cabeça, mas de fato são os que valem aos olhos de Deus.
O que para ele tem valor? Jesus o revela para nós com a parábola do pastor, das ovelhas e dos carneiros. Quando para cada homem terminar a sua aventura na terra, quando cada um estiver sozinho com Deus, só uma coisa terá valor para ele: o amor que tiver dado aos irmãos.
Quem ama o homem ama também a Deus e não é possível amar a Deus sem amar também o ser humano. Qualquer tipo de religiosidade que não conduza ao amor ao irmão é falsa e não tem nada a ver com o cristianismo. O amor ao irmão é a medida do amor que se tem por Deus.
Monsenhor José Geraldo Segantin é reitor do Santuário Diocesano de Santo Antônio