O tema privatização da Sabesp vem sendo debatido com mais fôlego em Franca ao passo que a proposta do governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tramita na Assembleia Legislativa. O movimento contra a privatização também aumentou em várias cidades do Estado.
Em Franca, uma Comissão contra a Privatização, formada por vereadores da Câmara Municipal, vem realizando audiências e encontros para discutir a questão. O vice-presidente da Frente Parlamentar contra a privatização da Sabesp, Gilson Pelizaro (PT), teve requerimento aprovado na sessão desta terça-feira, 21, solicitando uma posição da Prefeitura de Franca.
“Em março, o governador Tarcísio de Freitas passou para um Conselho das URAES (Unidades Regionais de Serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário) a responsabilidade sobre a privatização da Sabesp, tirando o poder concedente dos municípios. Isso não foi combinado com os russos, vamos dizer assim. Por que o contrato inicial passou pelo Legislativo e como faz alterações sem a autorização agora? Nossa posição é clara, saber se o prefeito de Franca tem noção do que está acontecendo. Se ele aderiu à URAES em março”.
Pelizaro reafirmou que o contrato da Sabesp é de responsabilidade do município. “Isso é um tiro de bazuca no pé entregar a Sabesp”. O vereador lembrou que a sociedade civil está organizada com movimentações jurídicas no sentido de não efetivar a privatização da Sabesp, inclusive com ações junto ao STF (Supremo Tribunal Federal).
“Eu acho que tem muitas coisas por trás disso, e acho que as máscaras vão cair antes da hora. Agora não adianta fazer papel de árvore. Fazer de conta que comigo não está acontecendo nada. Franca é referência internacional em saneamento, modelo para vários países do mundo, única cidade do Brasil onde sai combustível para automóveis do esgoto”.