26 de dezembro de 2024
VIA SACRA

Moradora do Jd. Paraty sofre com bactéria rara: ‘vai acabar me matando’

Por Pedro Baccelli | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Sampi/Franca
Pedro Baccelli/GCN
Edvânia Costa de Souza Oliveira segura diagnóstico de bactéria rara

Edvânia Costa de Souza Oliveira, de 50 anos, vive uma via sacra na saúde pública. A moradora do Jardim Paraty, na zona Sul de Franca, sofre com problemas renais e foi diagnosticada com uma bactéria resistente a medicamentos. A busca é por um tratamento eficaz que termine com as fortes dores na uretra e as pontadas que sente na cabeça.

As fortes dores começaram há dois anos, mas o quadro se agravou em 2021. Os médicos disseram que era urgente a necessidade de realizar uma cirurgia renal. Na época, segundo ela, o procedimento só estaria disponível na rede pública em agosto de 2024.

Sem condições de esperar, contou com o auxílio da família. “A família – não aguentando o meu sofrimento – juntou o dinheiro: R$ 10 mil para pagar a cirurgia. Fiz a cirurgia em março, no Hospital do Coração, com médico particular”.

O corpo começou a dar rejeições. Idas a ESF (Estratégia Saúde da Família) e ao pronto-socorro se tornaram frequentes com o aumento das dores. Após diagnóstico na UBS (Unidade de Básica de Saúde) do Paineiras, descobriu que estava com Klebsiella Pneumoniae, uma bactéria rara resistente a medicamentos. Ainda segundo Edvânia, o corpo contraiu o microrganismo pelo longo tempo de espera.

A cuiabana, que reside na região há 15 anos, ficou dois dias internada na UPA do Jardim Aeroporto. Depois, mais sete dias. E o problema continua. “Continuo do mesmo jeito. Vou no médico, vou no outro. Ele fala que não posso mais tomar antibiótico por causa da bactéria. O antibiótico não responde no meu corpo, e continuo com dor”.

A mulher clama por atendimento médico adequado. “Não posso ir para o pronto-socorro tomar mais antibiótico, que não vai resolver e vai acabar me matando. Preciso de médico, de urologista. Uma pessoa que me acompanhe de verdade”.

Os problemas de saúde a impedem de trabalhar e as contas aumentam. “Não tenho onde tirar dinheiro sem trabalhar. Meu serviço está lá, para isso, preciso de saúde. Sou operadora de caixa”.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que a paciente está sendo "assistida” pela rede pública, com acompanhamento do ESF do Paineiras e médico urologista, no NGA (Núcleo de Gestão Assistencial).

Edvânia seria avaliada por um urologista no NGA nesta terça-feira, 7. Depois, seguindo as orientações médicas, os encaminhamentos necessários serão realizados.