18 de dezembro de 2025
VIOLÊNCIA

Homem faz quebra-quebra e agride funcionários da UPA do Aeroporto, em Franca; ASSISTA

Por Hevertom Talles | da Redação
| Tempo de leitura: 3 min
Reprodução
Homem surta e joga cadeiras da UPA do Aeroporto

O neto de uma paciente da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Aeroporto, na zona Sul de Franca, promoveu um quebra-quebra e agrediu funcionários da unidade de saúde, na madrugada desta sexta-feira, 25.

A confusão teria começado quando o agressor tentou entrar na área de atendimento, para ver a avó, e foi impedido por seguranças, porque a paciente já estava com acompanhante. O homem, então, começou a jogar os bancos da recepção da UPA.

A partir deste momento, pessoas que estavam com o agressor teriam entrado na confusão e uma mulher teria atacado uma enfermeira, com mordidas.

A Polícia Militar foi acionada, e todos foram para a CPJ (Central de Polícia Judiciária), onde o caso foi registrado. As partes foram liberadas.

Versão do acusado
Carlos Eduardo da Silva, de 36 anos, identificado como o autor das agressões, assumiu os seus atos e disse que por volta de 2h foi ver a sua avó na unidade de saúde, e que queria entrar no local.

Em entrevista para o Portal GCN, ele afirma que foi impedido e maltratado. “Eu falei que eu queria ver ela de qualquer jeito. Cheguei no segurança, falei pra ele, por gentileza, deixa eu entrar, eu quero ver minha avó. Ele falou você não vai entrar e pronto, quem manda aqui não é você”, diz Carlos. Ele relata que neste momento começou a quebrar as coisas no local.

“Comecei jogar banco para cima e tal, e eles vieram para me agredir. Não vieram para me segurar não, vieram para me agredir. Veio também, não sei se é enfermeira, se ela é médica, xingando, falando alto palavrões, que eu era malandro, que eu era criminoso, minha comadre entrou no meio, ela já foi pra cima da minha comadre, puxou o cabelo dela”, afirma Carlos.

Questionado sobre toda a situação provocada na unidade saúde, Carlos disse se arrepender de ter partido para violência, mas não de ter brigado por causa da saúde da sua avó.

Carlos insiste que também sofreu agressão por parte dos seguranças da UPA. “Eu dei, recebi, agredi sim e fui agredido. Empurraram a minha avó de 73 anos, que no momento que aconteceu essa confusão estava passando no corredor pra ir no banheiro, aí ela escutou eu gritando, saiu pra ver, aí empurraram a minha avó, foi na hora que eu fiquei mais furioso ainda”, diz.

Posição da Secretaria de Saúde
De acordo com a secretária municipal de Saúde, Waleria Mascarenhas, assim que soube do ocorrido na madrugada, ela se dirigiu para a UPA.

Waleria afirma que os familiares queriam entrar no local por volta de 2h, mas que pelo horário não é possível, visto que tem regras, com os horários permitidos para a troca de acompanhantes.

“Não aceitaram e começaram a agredir a equipe nesse horário. A paciente já estava com o acompanhante. Então, esse acompanhante poderia dar as informações para a família. Sempre fica um acompanhante, até por conta da idade, para que esse acompanhante possa passar para o restante da família qual a real situação do paciente. Ele começou a agredir a equipe”, revela a secretária.

Segundo ela, sete funcionários foram agredidos na UPA com socos, mordidas, pontapés, empurrões e puxões de cabelo. Waleria aponta que um médico teve uma suposta fratura no nariz ao cair no chão, e que os profissionais tiveram também escoriações pelo corpo. Uma enfermeira está de atestado por conta das agressões e ficará afastada por alguns dias.

“Todos os funcionários fizeram um boletim de ocorrência, todos eles vão ser vão ser acompanhados”, destaca a secretária, que revelou estar acompanhando de perto a situação dos profissionais de saúde para prestar auxílio.

A avó de Carlos continua internada na UPA do Aeroporto, enquanto aguarda por uma vaga da transferência para a Santa Casa. Segundo o neto, ela sofre de infecção nos rins e problemas nos pâncreas.