A palavra de Deus nos faz um grande convite: professar a fé em Jesus como nosso único Senhor e Salvador. Vamos meditar.
Primeira Leitura- Is 22.
Encontramo-nos no reinado de Ezequias e o primeiro-ministro é um oportunista que não dá ouvidos às palavras do profeta, que se deixa corromper com presentes e que, com o dinheiro do povo, começa a construir para si um monumento de mármore. Por um certo tempo, tudo passa em brancas nuvens. Mas em seguida é descoberto e destituído do cargo. Para ocupar o seu lugar o rei escolhe Eliakim.
Isaías fica muito contente com esta escolha porque Eliakin é um homem honesto e de muita capacidade.
Encontramos o seguinte ensinamento nas palavras do v. 21. Que descreve a autoridade de Eliakim: “Ele será como um pai para os habitantes de Jerusalém e para todo o povo de Judá”.
Segunda leitura: Romanos 11.
O trecho de hoje conclui a ampla exposição do problema que angustia Paulo: a recusa dos judeus de reconhecer em Jesus o Messias. Vimos que esta infidelidade deles teve um resultado positivo a entrada dos pagãos na Igreja.
Foram as perseguições por parte dos judeus que obrigaram os discípulos a abandonar Jerusalém, a dispersar-se pelo mundo, a anunciar o Evangelho aos pagãos.
Os projetos de Deus são de fato incompreensíveis e imprevisíveis, não somente na história dos povos, mas também na vida de cada pessoa.
Evangelho: Mateus 16.
Este trecho pode ser dividido facilmente em duas partes: a primeira apresenta as várias opiniões do povo e de Pedro a respeito de Jesus, a segunda contém a resposta de Jesus a Pedro.
Mateus quer que os seus discípulos, depois de ter conhecido Jesus, consigam proclamá-lo como Cristo Filho de Deus.
Professar que ele é o Messias significa reconhecer que como ele nunca existiu e jamais existirá alguém Jesus, é único.
Para o crente Jesus é muito mais: ele é “o Cristo, o Filho de Deus vivo!”
Na segunda parte do trecho de hoje encontramos aquilo que Jesus disse a Simão: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja...”.
Jesus se refere à fé nele professada por Pedro. Esta fé constitui o fundamento sólido da Igreja, torna-a invencível e capaz de dominar as forças contrárias. Todos os que, como Pedro, professam a fé em Jesus Cristo Filho do Deus vivo, começam fazendo parte deste solidíssimo edifício, que jamais cairá.
A expressão “as portas do inferno” não devem ser interpretada no sentido material. Sinalizam as forças do mal, tudo o que é contrário à vida e ao bem do homem. Nada poderá jamais impedir à Igreja, que acredita com firmeza em Cristo, de realizar a sua missão de salvação.
Pedro recebe também as chaves e o poder de ligar e desligar.
Estas imagens, usadas com frequência pelos rabinos do tempo de Jesus, indicam a autoridade para transmitir a doutrina do Mestre e decidir o que é conforme e o que é contrário ao Evangelho.
Monsenhor José Geraldo Segantin é reitor do Santuário Diocesano de Santo Antônio