Uma jovem de 27 anos, moradora em Franca, busca um tratamento definitivo para curar um ferimento provocado por uma mordida de gato. Amanda Cardoso Rossato, auxiliar de escritório, moradora no Parque Franville, foi mordida há cerca de dois meses por um filhote durante um resgate dos animais que estavam na rua.
Com o passar dos dias, o ferimento no dedo indicador da mão direita aumentou e inflamou, provocando necrose. Nesse período, Amanda passou por vários médicos da rede pública e vem tomando medicação, mas a ferida não cicatriza. A jovem tem consulta marcada para o próximo dia 28 no NGA (Núcleo de Gestão Assistencial) e espera por fim na angústia que vive.
Amanda encontrou os três gatinhos em uma área pública no Parque dos Pinhais, zona Norte da cidade, próxima ao local onde trabalhava e decidiu levá-los para casa, no dia 17 de junho. Ao colocar um dos gatinhos em um compartimento, ela foi mordida.
“Todo dia eu colocava comida pra eles, mas devido às reclamações dos vizinhos, porque os gatos entravam nas casas deles e rasgavam os sacos de lixo, eu decidi resgatar, pois todo dia eles ameaçavam envenenar os gatos, matar com pedaço de pau. Quando fui colocá-los em uma gaiola para transportá-los, um deles me mordeu”, contou a jovem, que posteriormente iria colocar os animais para adoção.
A jovem disse que no dia em que foi mordida foi até a UPA do Jardim Aeroporto, onde foi atendida e receitada tomar os medicamentos, mas precisou ir até a UPA do Anita para tomar vacinas antirrábicas. Entretanto, o médico recusou aplicar a medicação. “O médico recusou. Eu expliquei que era um gato de rua, e o médico disse que como ele está em sua casa você não pode tomar a vacina. 'Se em dez dias ele morrer, você volta', me dispensando”, relatou Amanda.
Desde então, Amanda vem tomando vários medicamentos, buscando atendimento especializado na rede pública. “Se for contar todas as vezes que eu procurei atendimento, está dando oito ou dez. Eu vou em uma UPA, eles mandam eu ir em outra. Já faz uma semana isso, ninguém me ligou para falar sobre consultas, exames", disse a jovem.
Ela diz que está com medo de ter de amputar o dedo, porque ele não se mexe e a articulação está "doendo demais". "De tanto antibiótico, me deu alergia. O meu braço está cheio de calombos, roxo. Eu me intoxiquei porque todas as vezes que eu ia, eles me passavam um antibiótico diferente. Ninguém me encaminhou para nenhum tratamento".
Segundo Amanda, no último domingo, 20, ela tomou a última benzetacil. "A atendimento demorou muito. Não sei aonde ir. Estou esperando que tudo ocorra bem nesse exame que vou fazer no NGA. Pedi um encaminhamento para um infectologista, mas nenhum médico me dá, ou tem uma ordem para não encaminhar”.
Amanda tem a consulta marcada no NGA para a próxima segunda-feira, 28.
Veja abaixo as imagens da evolução do ferimento no dedo de Amanda.
ATENÇÃO. AS IMAGENS SÃO FORTES