Uma professora da rede municipal de ensino denunciou à polícia que foi vítima de uma agressão cometida por uma mãe de aluno na tarde de quarta-feira 9, nas dependências da Escola Municipal "Domenico Pugliesi", na Vila Santa Maria, zona Oeste de Franca. O caso foi registrado em boletim de ocorrência na CPJ (Central de Polícia Judiciária).
Segundo o documento, a educadora relatou que a criança machucou um colega durante o horário de entrada. Ao fim do período de aulas, a mãe foi convocada pela orientação educacional a assinar uma advertência escrita em função do ato.
A vítima disse à polícia que passou ao lado da sala onde estava a mãe da criança e esta, demonstrando alteração, passou a dizer que a professora estava perseguindo seu filho. A profissional não teria dado atenção e seguiu em direção ao estacionamento para entrar em seu carro.
A agressora, então, foi atrás dela no estacionamento da escola, e passou a dar socos na lataria do carro da professora e proferir diversos xingamentos. Em seguida, a mulher que seria fisiculturista abriu a porta do veículo e puxou a vítima do interior, dando-lhe diversos socos no peito e braços, provocando lesões.
Outros professores testemunharam a agressão, e por várias vezes apartaram as duas mulheres, pois a mãe repetia os gestos agressivos. Em certo momento, a professora conseguiu entrar no carro e trancá-lo. A mãe do aluno, então, teria pegado um tijolo e atirado contra o automóvel, mas errou o alvo.
A Polícia Militar foi acionada, mas quando uma viatura chegou ao local a agressora já havia ido embora. A professora passou por atendimento médico e no dia seguinte registrou a ocorrência na Delegacia
Sobre o caso, a Secretaria Municipal de Educação emitiu uma nota em que afirma que “está adotando as medidas administrativas necessárias e oferecendo suporte e o acompanhamento necessários”, e “repudia, veementemente, qualquer ato de violência verbal, física ou psicológica”.
O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Franca, Fernando Nascimento, falou à reportagem do GCN que serão exigidas providências da Administração Municipal. “Vamos cobrar, sim. Queremos saber da Secretaria de Educação que medidas serão tomadas em favor da servidora e da segurança para os profissionais da unidade”, disse.
A reportagem ainda não conseguiu contato com as partes envolvidas no caso. O caso será investigado como injúria, desacato de servidor público no exercício da função e lesão corporal.