27 de dezembro de 2024
RELIGIÃO

A calma de Deus

Por Monsenhor José Geraldo Segantin | Especial para o GCN
| Tempo de leitura: 2 min
Pixabay

É sempre bom ouvir ensinamentos que revelam a essência de Deus. Meditemos sobre a sua palavra.

Primeira Leitura: Sabedoria 12.
Entre os livros do Antigo Testamento, o da Sabedoria foi o último a ser escrito. Seu autor, um sábio judeu de Alexandria do Egito, provavelmente ainda vivia quando Jesus nasceu.

O texto do livro da Sabedoria, que nos é proposto hoje.

Afirmar a força do Senhor sempre é grande, mas ele não a usa para castigar ou causar o mal para o homem, porque ele é indulgente com todos. O seu domínio é universal, estende-se sobre os justos e sobre os ímpios; ele não pode amar somente alguns.

Os homens usam a própria força para incutir medo nos outros para subjugá-los. Deus não age assim

O último versículo apresenta dois motivos pelos quais Deus age desta maneira. Antes de tudo, age assim para ensinar a seu povo que o justo deve amar os homens, todos os homens, não somente os bons; em seguida, para proporcionar aos pecadores a possibilidade de se arrependerem.

Segunda leitura: Romanos 8.
Na leitura deste dia Paulo confessa com candura: “nós não sabemos como rezar”, não sabemos o que pedir a Deus; por isso o Espírito vem em nossa ajuda e nos sugere o que temos que dizer ao Pai. Esta oração que procede do Espírito sempre é atendida porque ela sempre está em conformidade com os desejos de Deus.

Evangelho: Mateus 13.
Os cristãos das suas comunidades perguntavam com insistência: Que espécie de Reino instaurou Jesus, se não conseguiu fazer desaparecer de imediato e para sempre toda espécie de mal?

A esta angustiante interrogação o evangelista responde com a parábola do trigo e da cizânia.

A sua resposta revela a atitude de Deus em relação ao mal que existe no mundo, na Igreja, em cada indivíduo.

O bem e o mal, diz o Senhor, diz o Senhor, não podem ser separados, devem crescer juntos, e assim será até o fim. Não é este nem o tempo nem o lugar em que se possa fazer a separação. Esta acontecerá com certeza, mas não agora, e nem imediatamente.

A linha que separa o bem do mal não passa entre um indivíduo e outro, entre um grupo e outro entre nação e nação, entre um partido e outro, passa dentro do coração de cada homem.

Em cada ser humano há um pouco de bem e um pouco de mal.

Monsenhor José Geraldo Segantin é reitor do Santuário Diocesano de Santo Antônio.