17 de novembro de 2024
RELIGIÃO

O envio dos discípulos

Por Monsenhor José Geraldo Segantin | Especial para o GCN
| Tempo de leitura: 2 min

A palavra de Deus nesse domingo nos convida a meditar sobre a nossa missão aqui na terra a partir das orientações de Jesus aos seus discípulos.

Primeira Leitura: Êxodo 19.
A leitura de hoje nos relata as palavras com as quais Deus propõe aos israelitas que façam uma aliança com ele.

Para convencê-los, lembra antes de tudo o que fez por eles no passado.

Em seguida continua propondo a aliança, relacionando as condições e fazendo as promessas: se quiserdes escutar a minha voz, se fordes fiéis à minha aliança, vós sereis o povo que eu protegerei em qualquer situação, sereis para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa.

O que aconteceu com Israel é a imagem daquilo que acontece com o novo povo de Deus, a Igreja.

Segunda Leitura: Romanos 5.
a leitura de hoje Paulo responde: a nossa esperança não sofrerá desilusão porque não está fundada nas nossas boas obras, nas nossas capacidades, na nossa fidelidade, mas no amor indefectível de Deus.

O amor de Deus, diz Paulo, não é fraco, inseguro como o dos homens. Estes têm capacidade para amar somente os próprios amigos. Deus pelo contrário, sabe amar até o extremo, isto é, ama os seus inimigos.

Evangelho. Mateus 9.
Neste trecho os doze apóstolos não representam os padres e as freiras, mas todo o povo de Deus. A cada seguidor de Cristo foi confiada uma tarefa no campo que é o mundo. Seja qual for a situação em que se encontrem (casados ou solteiros, intelectuais ou agricultores...) todos os cristãos têm esta missão a cumprir. Dedicar a própria vida para a libertação dos irmãos.

Jesus, chama os seus com um único objetivo: orientá-los para trabalhar em favor dos irmãos.

Aos seus seguidores Jesus dá a ordem de continuar a sua obra em favor dos homens e por isso lhes confere a autoridade de expulsar os maus espíritos e de curar os doentes.

Expulsar os demônios e curar qualquer espécie de doenças é uma imagem e sinaliza a obra que os discípulos de todos os tempos são chamados a desenvolver: lutar contra tudo aquilo que destrói a vida do homem, quer a física, quer a espiritual.

A última frase do Evangelho é muito importante: “Recebestes de graça, dai de graça”.

O seguidor de Cristo não trabalha em favor dos irmãos para auferir alguma vantagem pessoal.

Sua única recompensa será a alegria de ter servido e amado os irmãos com a mesma generosidade que ele aprendeu do Mestre.

Monsenhor José Geraldo Segantin é reitor do Santuário Diocesano de Santo Antônio.