Após a reinauguração do aeroporto estadual de Franca "Tenente Lund Presotto", na última sexta-feira, 17, após receber investimento de R$ 1,5 milhão, a pergunta que fica entre a população francana é quando haverá o retorno dos voos comerciais.
As idas e vindas do aeroporto são uma história longa. Depois de 11 anos sem voos, as operações no terminal de Franca foram retomadas em outubro de 2019, mas apenas até março de 2020. Por conta da pandemia da covid-19, a Gol Linhas Aéreas, com operação pela Twoflex, paralisou o serviço.
Sem os voos comerciais, o aeroporto foi a leilão em 15 de julho de 2021, através de um programa de privatizações do governo estadual. Nesse período, em janeiro de 2022, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) tinha anunciado a suspensão e exclusão do aeroporto por falta de manifestação de requisitos mínimos que o órgão pediu ao operador. O aeroporto, na época, era administrado pelo Daesp (Departamento Aéreo de São Paulo), ligado ao governo estadual.
No dia 5 de fevereiro de 2022, saiu o contrato de concessão para a Rede VOA, que prevê investimentos de R$ 30 milhões para obras e benfeitorias no aeroporto. Com o contrato assinado, veio a informação do Daesp para que o terminal não fosse interditado, pois a documentação havia sido regularizada.
Um ano e um mês depois, a Rede VOA, que deteve os direitos de administrar o aeroporto, entregou na sexta-feira, 17, parte do que já foi feito no local para garantir as operações e exigências dos órgãos reguladores.
Entre as melhorias, estão a instalação de um posto de combustíveis, que permite abastecer aeronaves no próprio aeroporto de Franca, implantação da estação de telecomunicações, implantação do sistema de auxílio visual à navegação aérea, caminhão de combate a incêndio, além de melhorias nas condições do embarque dos passageiros.
Segundo a Rede VOA, a previsão é de que o local receba R$ 3,69 milhões de investimentos durante os quatro primeiros anos de concessão.
Com a perspectiva de que agora o aeroporto tem estrutura pronta e está apto a voltar a operar, a dúvida é quando os passageiros de Franca e região conseguirão viajar do município até a capital paulista de avião novamente.
A Rede VOA diz que "é responsável somente pela infraestrutura aeroportuária". "A decisão de voos para este aeroporto depende da empresa aérea (Gol). Sabemos que há uma contrapartida junto ao governo do Estado pelo incentivo do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e cabe ao próprio Estado fiscalizar a implantação deste voo".