A vocação de Abraão, a missão de Jesus e a nossa vocação têm muitas coisas parecidas.
Todos são chamados a viver perto do Pai e, nas atitudes, revelam quem Ele é.
Primeira Leitura: Gênesis 12.
Essa leitura apresenta o começo da história da salvação. Tudo começou com a manifestação de Deus a Abraão e com seu chamado a ser o pai de um grande povo.
Com a vocação de Abraão, Deus intervém para formar para si um povo, através do qual a salvação atingirá todos os homens.
Abraão sabe interpretar, nos acontecimentos que o envolvem, a vontade de Deus, confia, deixa-se conduzir por ele.
O que aconteceu a Abraão é imagem de tudo o que acontece na vida de todos. Deus não revela para Abraão, desde o início, para onde o que conduzir, e tão pouco lhe indica todas as difíceis etapas que deverá percorrer. Hora por hora, dia após dia, convida-o a dar a sua resposta, a pronunciar o seu “sim” ao Pai que o vai guiando.
Segunda Leitura: IIª Carta a Timóteo 1.
Timóteo é ainda muito jovem quando começa a dedicar sua vida inteira à causa do Evangelho. Ele é muito bom e desfruta da estima de todos, mas é também bastante retraído.
No trecho extraído da carta deste dia, o autor quer reanimar os discípulos em suas duras provações. Lembra-lhes que a fidelidade a Cristo implica riscos ponderáveis e ainda muitos sofrimentos. Não é próprio de Deus conduzir os homens por caminhos fáceis.
Não foi fácil a vida de Abraão, nem a de Cristo, nem de Paulo, nem de Timóteo. Tão pouco o será aquela dos cristãos.
Evangelho: Mateus 17.
Mateus quer levar os cristãos das suas comunidades e nós também a compreender quem é Jesus.
Quer nos apresentar Jesus como o novo Moisés.
O semblante resplandecente e as vestes luminosas indicam, a presença de Deus na pessoa de Jesus.
O mesmo sentido tem a nuvem luminosa que envolve a todos com sua sombra. A voz do céu é o modo de apresentar o que Deus pensa de um determinado acontecimento.
Quem são Moisés e Elias? O primeiro é aquele que deu a Lei ao seu povo, o outro é considerado como o primeiro dos profetas. Para os israelitas estes dois personagens representam todo o Antigo Testamento.
Pedro, como de costume, não entende o significado do que está acontecendo.
Neste ponto Deus intervém para corrigir a falsa interpretação de Pedro: Jesus não é somente um grande legislador, ou um simples profeta, é o “Filho predileto” do Pai. É a ele e somente a ele que os discípulos devem dar ouvidos.
Monsenhor José Geraldo Segantin é reitor do Santuário Diocesano de Santo Antônio.