A palavra de Deus faz um grande convite para nós: ser santos porque Deus é “Santo”.
E a santidade que Deus exige vem através do nosso “amor” ao próximo.
Primeira leitura: Levítico 19.
Sede santos, porque eu, o Senhor vosso Deus sou santo”. Com este convite dirigido por Deus ao seu povo, começa a leitura.
O que quer dizer ser santos?
Na Bíblia esta palavra tem um sentido mais amplo. Quer dizer: separado, consagrado a Deus.
Santas eram as pessoas que conduziam vida diferente dos demais. O mais Santo de todos, naturalmente, é Deus porque ele é completamente diferente de tudo o que existe. No “Glória” nós lhe dirigimos este cântico de louvor: “Só tu o Santo”.
Segunda leitura: 1º Carta aos Corintios 3.
Por que havia discórdia em Corinto? Por que tinham surgido partidos? O motivo era este: os membros daquela comunidade não cultivavam sentimentos de amor recíproco, tratavam-se como inimigos.
Para descrever a gravidade da situação, Paulo se serve da imagem do templo de Deus. A comunidade é como uma construção sagrada onde Deus mora: os tijolos são os cristãos.
A divisão é como uma bomba colocada na base deste edifício, é como uma colônia de cupins que ataca as madeiras de uma cabana, destruindo-a em muito pouco tempo.
Evangelho: Mateus 5.
Esta passagem continua a do domingo passado. Ali foram apresentados os primeiros quatro “ouvistes o que foi dito aos antepassados... agora eu vos digo”. Hoje é a vez do quinto e do sexto.
Os seguintes de Cristo vivem a convicção de que a única maneira eficaz para interromper o ciclo demoníaco: ofensa-violência, é o perdão. Se à violência se contrapõe outra violência, não só não se elimina a primeira injustiça, mas acrescenta-se outra.
Este círculo diabólico somente pode ser quebrado com um gesto original, completamente novo: o perdão. Tudo o mais é ultrapassado, é algo que já se viu, repetido sem parar desde os primórdios da humanidade.
Monsenhor José Geraldo Segantin é reitor do Santuário Diocesano de Santo Antônio.