27 de dezembro de 2024
RELIGIÃO

Escolher a Deus

Por Monsenhor José Geraldo Segantin | Especial para o GCN
| Tempo de leitura: 2 min

A Palavra de Deus nos ensina a escolher o caminho que nos leva à vida verdadeira, que nem sempre é o caminho mais fácil. Meditemos.

Primeira Leitura.  Eclo 15.
A leitura de hoje nos ensina que o homem se encontra como que numa encruzilhada: um caminho conduz à vida, outro à morte. Ele deve escolher entre os dois caminhos.

Para que a decisão possa ser tomada de forma correta, Deus pensou em estabelecer uma “sinalética”. O caminho da vida é sinalizado pelos mandamentos de Deus; o caminho da morte está marcado pelos vícios, pelas paixões, pela corrupção.

Segunda leitura: ICor 2.
Domingo passado Paulo disse aos cristãos de Coríntio que ele não se apresentou na cidade deles com uma sabedoria humana. Hoje ele continua dizendo que, também entre os cristãos, existe uma sabedoria que não é deste mundo. Pertence ao mundo de Deus e pode ser entendida somente pelos perfeitos, isto é, pelos cristãos adultos. O que é esta sabedoria de Deus?

Deus tinha um grande plano de amor em benefício dos homens e não o tinha revelado a ninguém. Este projeto que estava no seu pensamento é chamado por Paulo sabedoria de Deus. Outras vezes nas suas Cartas o chama de mistério escondido desde toda a eternidade em Deus.

Evangelho Mt 5.
Jesus ensina que o mandamento “não matar” tem muitas implicações que vão além da agressão física. Quem usa palavras ofensivas, quem se deixa dominar pela ira, quem alimenta sentimentos de ódio já matou seu irmão.

Há certas amizades, sofrimentos, relações, que já constituem adultérios.

Por isso Jesus insiste: diante de determinadas situações é preciso ter a coragem de cortar rente, embora isto provoque sofrimento, antes que os maus desejos se transformem em adultérios de fato.

O terceiro caso é o do divórcio. Jesus afirma com toda a clareza que marido e mulher não podem se separar. O plano de Deus entende que o matrimônio é indissolúvel. Não quer direito de condenar, de humilhar, de isolar aqueles que falharam na própria vida conjugal.

A comunidade é convocada a manifestar sempre, em relação a eles, a ternura e a compreensão do Mestre.

O quarto caso é o do julgamento. Entre os discípulos a única regra deve ser a da sinceridade. O julgamento revela desconfiança recíproca e não tem sentido entre os cristãos.

Monsenhor José Geraldo Segantin é reitor do Santuário Diocesano de Santo Antônio.