24 de dezembro de 2025
QUEDA

Taxa de assassinatos cai em Franca; 80% dos casos são solucionados

Por Pedro Baccelli | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Sampi/Franca
Reprodução
Vítimas de assassinato Laísa Cristina de Souza e Danielle Silva Rosa Flávio, respectivamente

Franca registrou o menor percentual de assassinatos em 2022 nos últimos quatro anos, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Governo do Estado de São Paulo (SSP). O número é inferior se comparado com outras cidades paulistas média populacional semelhante.

De janeiro a dezembro do ano passado, a cidade fechou com 4,20 homicídios a cada 100 mil habitantes. No mesmo período de 2021, o resultado foi de 6,11 mortes. Já 2020 e 2019 registraram 4,63 e 4,67, respectivamente.

Quando colocado no papel, foram 38 vítimas de homicídio no ano passado contra 40 em 2021. Um dos assassinatos foi de Laísa Cristina de Souza, de 35 anos, morta a tiros pelo ex-companheiro no Jardim Brasilândia, no dia 16 de julho do ano passado.

Outro caso foi o de Danielle Silva Rosa Flávio, de 32 anos, que morreu após ficar 24 dias internada em decorrência de uma facada levada do marido durante uma briga por drogas em uma pensão na região central. O óbito foi registrado no dia 22 de julho.

Outras cidades
O delegado da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Franca, Márcio Murari, compara Franca com outros municípios. “Se for analisar pela população de Franca, estamos com números bem melhores que outras cidades. Enquanto menor (a quantidade de casos), melhor na verdade”.

Ainda segundo dados da Secretaria de Segurança, Franca está na frente de outras cidade com o mesmo porte habitacional, como Bauru (5,59) e Itaquaquecetuba (7,29%), mas fica atrás de São Vicente (3,24) e Praia Grande (1,98).

Resolução
Murari afirma que cerca de 80% dos casos com autoria desconhecida é resolvida pela DIG de Franca. “A maioria dos casos que registramos em Franca é de autoria desconhecida. Os casos de autoria conhecida geralmente são os Maria da Penha ou alguns que tem algum tipo de discussão”.

O delegado explica que diferente dos demais crimes, diferentes pessoas podem cometer homicídios, não tendo como definir um perfil. “Tem aqueles que é da Maria da Penha. Tem aqueles que é por um desentendimento familiar. Outros por causa de vingança. Então não tem um tipo específico o homicídio. Tem muitos casos de homicídios que acontecem no momento, no calor de uma discussão. Muitas vezes a pessoa nem é criminosa”.

“Imediatamente acionamos a equipe do setor de homicídios da DIG, que já de pronto inicia a investigação. Em seguida, instauramos o inquérito policial e já vamos formalizando todos os atos de Polícia Judiciária, porque temos que informar a Justiça e o Ministério Público as investigações que estão sendo feitos”, completou.

Série histórica
Na série histórica, que começou em 1999, Franca registrou menor valor em 2011 ao fechar com 2,11 assassinatos a cada 100 mil habitantes. No outro lado da balança, o recorde negativo foi contabilizado em 2004 com 9,64.