Um portal afiliado à rede
02 de maio de 2024

AÇÃO DO MP

Presidente afastado do Lar dos Velhinhos nega 'quarto da morte'

Ação do Ministério Público foi movida após representação feita pela Prefeitura

Por Beto Silva


30/01/2023 - Tempo de leitura: 2 min

Alessandro Maschio/JP

Entidade é uma das mais tradicionais de Piracicaba

O Lar dos Velhinhos de Piracicaba e o presidente afastado da entidade, Yvens Santiago Marcondes, encaminharam nesta segunda-feira (30) notas sobre as denúncias apresentadas em matérias publicadas pelo Jornal de Piracicaba, na semana passada, com base na ação civil do Ministério Público do Estado de São Paulo e a partir de representação da Procuradoria Geral do Município.

A entidade narrou a linha do tempo, desde a representação da Procuradoria Geral do Município ao Ministério Público, que por sua vez ofereceu ação civil pública à Justiça sobre as irregularidades e denúncias apresentadas pela prefeitura. Já o presidente afastado, classificou as denúncias como ‘anônimas e infundadas com o único intuito de denegrir a imagem e prejudicar a entidade’.

“Falar em quarto da morte onde vivem idosos dos 60 aos 100 anos, não tem sentido, através de denúncias feitas por pessoas inconsequentes, incompetentes e nenhum caráter”, afirmou, ao rechaçar a existência do quarto citada por uma funcionária e que consta da representação da procuradoria.

A representação gerou o ajuizamento de ação civil pública, que resultou no afastamento provisório do presidente e de toda a diretoria da entidade, com a nomeação provisória de interventor até a realização de auditoria financeira/contábil para apuração da situação financeira, patrimonial e organizacional da entidade, bem como a adequação de suas regras e normas de funcionamento, informa o comunicado.

Segundo a nota da entidade, em dezembro foi realizada reunião na prefeitura com a participação do procurador geral, da Smads (Secretaria da Municipal da Assistência e Desenvolvimento Social), dois diretores do Lar dos Velhinhos e seus advogados.

A reunião resultou no acordo apresentado nos autos da ação civil, com a possibilidade de a prefeitura firmar contrato emergencial com o Lar, pelo período de 180 dias, com afastamento do presidente e a posse de um interino no período do acordo, ficando a ação civil suspensa por 180 dias. 

A entidade e o presidente rebatem as notícias veiculadas pelo JP, lembrando que todas as reportagens foram feitas com base na ação civil de mais de 1,2 mil páginas a qual a reportagem teve acesso. Em todas as ocasiões o presidente Yvens Santiago Marcondes foi procurado e não quis se manifestar. A reportagem foi até o Lar dos Velhinhos na quarta-feira (25)onde uma funcionária, que se apresentou como Ana, informou que seria agendada uma entrevista para esclarecer a situação, o que não ocorreu.