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03 de maio de 2024

JD. BRASILÂNDIA

Família francana desabrigada após deslizamento terá de pagar aluguel

Jardim Brasilândia, na zona Leste de Franca, foi palco de deslizamento de terra no dia 8. Quatro famílias continuam impedidas de voltarem para casa. Prefeitura ajuda com R$ 650.

Por Pedro Baccelli
da Redação

28/01/2023 - Tempo de leitura: 2 min
Sampi/Franca

Divulgação/Prefeitura de Franca

Região do deslizamento no Jardim Brasilândia

"Estou correndo atrás de casa de aluguel". As palavras de Márcia Joventino da Silva, de 43 anos, retratam o drama vivido por, pelo menos, quatro famílias do Jardim Brasilândia, na zona Leste de Franca.

Após o deslizamento de terra na região no dia 8 de janeiro, a família de Márcia foi levada para um hotel, onde permanece até encontrarem uma nova casa.

"Tem hora que está um pouco difícil. Inclusive, cheguei agora de uma casa que fui olhar. Se Deus quiser, vai dar certo da gente tirar as coisas para mudarmos", disse Márcia.

Márcia ficou surpresa com o resultado das chuvas que atingem a cidade desde o final do ano passado. "Faz sete anos que moro aqui (...) foi a primeira vez que aconteceu".

Segundo a moradora do Brasilândia, a Prefeitura de Franca está arcando com as diárias do hotel e um vale alimentação. Quando a família encontrar uma residência, serão depositados R$ 650 por mês para arcar com o aluguel.

Apesar do amparo recebido, a família - composta por ela, o marido e os filhos - se questiona quando esse pesadelo vai terminar. "A gente fica em cima do muro. Às vezes pode ser coisa rápida, às vezes não. Como vamos prever se vai parar de chover?".


Como
está a situação
Equipes da Prefeitura de Franca interditaram temporariamente 14 casas no dia 10 de janeiro. Após laudo da Defesa Civil do Estado de São Paulo, dez imóveis foram liberados e quatro seguem fechados, sendo um da família de Márcia.

A Comunicação da Prefeitura informou que serão realizados serviços emergenciais de drenagem das águas pluviais na região para conter os estragos.

A equipe técnica da Secretaria Municipal de Infraestrutura estuda medidas que deverão ser adotadas a médio e longo prazo. Desta forma, não ficou decidido se o espaço será desinterditado ou desapropriado.

Questionada pela reportagem, a Prefeitura não respondeu quantas pessoas foram impactadas pelo desastre ambiental e se a cidade tem outras áreas com risco de deslizamento de terra.