17 de novembro de 2024
RELIGIÃO

É tempo de Natal

Por Monsenhor José Geraldo Segantin | Especial para o GCN
| Tempo de leitura: 2 min

O sino da Matriz tocou festivamente, as crianças com o olhar deslumbrante de emoção, as velas estão acesas, a árvore de Natal iluminada, a praça e as principais avenidas repletas de enfeites, os casais se abraçam, as famílias reunidas e no centro da sala está o Presépio. Nele se sobressai a manjedoura com o Menino Jesus: é tempo de Natal.

Além destas situações descritas, outras existem que emolduram os nossos olhos e ajudam nosso coração a celebrar o Nascimento do Salvador.

Em Belém ele chegou! Em nosso coração ele chega novamente após dois mil e vinte dois anos.

Para nós pode ser velho, mas ele é sempre novo. Jesus nos visita todos os dias, ou seja, em cada dia da nossa vida Jesus nasce por meio de tantas e tantas situações que vivenciamos. O dia 25 de dezembro é importante porque nos recorda que Ele veio para nos salvar.

Veio pequenino: toda criança encanta outras crianças e os adultos. Ele chega pequeno para nos acolher e ocupar o pequeno espaço que sempre lhe damos em nossa vida.

Sua presença é marcante e esta verdade é a experiência que temos ao longo de nossa passagem pelo mundo.

Jesus nos transforma sem agressões. Sua presença provoca uma metanóia, isto é, vida nova que brota da morte do nosso eu marcado pelo egoísmo.

O Natal nos faz entender a chance que Deus nos dá de conviver com a simplicidade, pois nela o amor de Deus se manifesta.

São Francisco de Assis foi o primeiro “montador” de presépios. Ele entendeu quem foi e é Jesus Cristo, pois presépio original é realmente símbolo da pobreza.

O Natal nos faz entender o valor da família. Ao redor de uma mesa na noite ou dia de Natal está a família reunida. É o sinal de partilha, de amor real.

O tempo natalino nos ajuda a viver gestos profundos de “amor-caridade”. Neste período nos lembramos dos pobres, sofredores e tristes e gostamos de ajudá-los.

Com todo brilho existente no Natal é tempo de despojamento.

Deus está naqueles que são pobres, simples e humildes.

Muitas casas lembram o lugar onde Jesus nasceu: na falta do necessário para viver conseguem manter a calma de quem sabe que só Deus é seu amparo e que este nunca faltará.

Deus não chega atrasado nem apressadamente: seu relógio é pontual e coincide com o momento crucial de nossa necessidade, por isso quando menos esperamos seu amor se manifesta.

Que nossa vida seja abençoada pelo Menino Jesus, Deus conosco e que nossos passos sejam orientados por ele.

Um feliz Natal a todos e que o ano 2023 abra seu coração para experimentar grandes bênçãos de Deus.

Monsenhor José Geraldo Segantin é reitor do Santuário Diocesano de Santo Antônio.